Sete em cada dez (71%) internautas brasileiros, entre 20 e 65 anos de idade, recorreram a redes sociais para se informar nos últimos 12 meses. As mulheres (72%) têm uma ligeira preferência pelas plataformas em comparação com os homens (70%) no Brasil. As conclusões são do estudo “Infodemia e os impactos na vida digital” da Kaspersky, em parceria com a empresa de pesquisa Corpa.
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As redes sociais foram criadas para ajudar a conectar pessoas, mas tornaram-se rapidamente a porta de entrada para o acesso à informação, pois os internautas podem seguir tanto os veículos quanto os perfis de criadores de conteúdo que eles gostam para receber suas novidades no feed de notícias.
O estudo mostra que 83% dos brasileiros cuidaram da saúde embasados em informações que leram nas redes sociais. Além disso, 88% disseram que utilizaram as redes sociais para manterem-se informados sobre o funcionamento de serviços (públicos e comerciais) durante a pandemia.
Outro estudo, que reuniu dados da Hootsuite e WeAreSocial, aponta os brasileiros como o terceiro povo que mais usa redes sociais no mundo. O Brasil fica atrás somente de Filipinas e Colômbia. Além disso, são mais de 150 milhões de brasileiros com perfis em redes sociais, 70,3% do total de habitantes, um dos maiores percentuais dentre todos os países.
Exposição aumenta riscos de segurança
A Kaspersky afirma que o grande uso de redes sociais não passa despercebido por fraudadores e cibercriminosos. A empresa, que fornece soluções de segurança, lembra que o principal golpe de Internet é disseminado via redes sociais. Chamado de phishing, esse tipo de ataque é baseado em formas de fazer alguém diminuir seu receio e clicar em links para entregar dados financeiros ou baixar um vírus. Segundo dados do Panorama de Ameaças na América Latina, o phishing atingiu 15,4% dos internautas brasileiros nos primeiros oito meses deste ano.
Como quase todo brasileiro tem um perfil em rede social, é fácil para um criminoso obter informações pessoais de uma pessoa para quebrar algumas barreiras de comunicação. Alguns exemplos são o nome da mãe ou a data de aniversário e, como a interação e leitura online acontece de forma muito rápida, a maioria das pessoas não prestam muita atenção no que estão fazendo e reagem de forma instintiva, diz a Kaspersky.
Os especialistas da empresa aproveitam estes dados para alertar sobre os potenciais riscos à privacidade, reputação e bem-estar, considerando os efeitos da infodemia que foram desencadeados durante a pandemia. Por isso, a Kaspersky alerta para a necessidade de entender o comportamento digital e avaliar os riscos que se enfrenta, principalmente ao usar redes sociais.
Recomendações de segurança
Para não cair em golpes online, a Kaspersky recomenda:
- Mantenha um equilíbrio no consumo de notícias para evitar se sentir saturado de informações. Use a função “Ver/Ler mais tarde”, disponível em várias plataformas e navegadores, para ajudar a criar hábitos que beneficiam sua saúde mental.
- Antes de compartilhar, comentar ou dar “like” em algo, dê tempo para processar a informação. é recomendado questionar se a fonte é verdadeira e avaliar as possíveis consequências do seu comentário ou de apoiar um ponto de visto de um terceiro. Tenha em mente que toda postagem na internet pode ser encontrada a qualquer momento e algo dito em um momento de raiva ou emoção pode trazer consequências à sua reputação no futuro.
- Suspeite de ligações, e-mails, SMS, posts em redes sociais ou mensagens WhatsApp com pedidos envolvendo dinheiro e ofertas, especialmente quando o remetente é desconhecido. Verifique o endereço presente no link, e não o abra se ele te levar para um site diferente ou suspeito.
- Quanto à automedicação baseado em mensagens recebidas em redes sociais, é importante que a pessoa cheque as informações em fontes oficiais e consulte sempre um médico. A Kaspersky destaca que testemunhos podem ser fraudados ou pagos para que viralizem na Internet.
- Conte com uma solução de segurança confiável para proteger todos os seus dispositivos em tempo real contra todos os tipos de ameaça.