Muito se fala sobre a inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) nas escolas de ensino regular. Mas pouco se sabe sobre como fazer isso com eficiência.
Faltam profissionais especializados no assunto, entre outros obstáculos, provocando insegurança nos pais, assim como nos próprios alunos.
Todavia, não há como deixar esse tema de lado. Afinal, consta na legislação brasileira que as escolas, juntamente com seus educadores e gestores, devem acolher, sem exclusão ou preconceitos, todos os estudantes, independente da dificuldade de aprendizagem, transtorno ou deficiência.
Listaremos algumas sugestões de como trabalhar a inclusão especificamente com os estudantes com algum grau de autismo.
Alunos com autismo precisam confiar em seus professores e os demais profissionais que estão ali todos os dias na escola com eles. Isso só se consegue aos poucos, com cautela, conhecendo-os melhor, sem impor nada à relação e mostrando que sua presença se faz útil para o que eles precisarem. Vale a pena conversar com os familiares para ajudarem nesse estreitamento de laços.
Metáforas e frases no sentido figurado ou então com duplo sentido normalmente não fazem parte do entendimento natural do autista. Aposte no significado literal, ou seja, aquilo que realmente se deseja explicar. Além disso, utilize linguagem clara, objetiva, no estilo ‘direto e reto’, por vezes, usando exemplos reais e que se aproximem do cotidiano deles.
Crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), em sua maioria, demonstram, com o tempo, ter habilidades e interesses em determinadas áreas.
Normalmente, quando eles gostam de algo, gostam muito, e isso pode ajudar no aprendizado dentro da escola. O professor, identificando essa preferência ou então uma aptidão, consegue pinçar métodos de ensinar matérias de forma que eles entendam mais facilmente e até se simpatizem por elas.
Tarefas curtas ajudam muito na inclusão do aluno com Trastorno do Espectro do Autismo à turma da escola. Quando são longas demais podem estressá-lo e entediá-lo, assim como demonstrar que essas atividades ‘não são para ele’.
Além disso, oferecer tarefas que começam simples e vão aumentando de nível de dificuldade pode ser um acerto total. Os estudantes enxergarão o quão evoluem a cada atividade, ficarão motivados a aprender mais.
As crianças e os adolescentes que têm autismo, de modo geral, se adaptam a rotinas. Por isso a importância de sempre mantê-los informados com bastante antecedência sobre possíveis mudanças no cronograma. Vá explicando para eles se acostumem com a ideia. Uma alteração repentina pode assustá-los.