5 livros para ler no mês da Consciência Negra
O dia 20 de novembro de 1695 ficou marcado pela morte de Zumbi dos Palmares, importante líder do povo negro escravizado. Por anos, Zumbi protegeu o Quilombo de Palmares de expedições que buscavam aprisionar e escravizar as pessoas negras que haviam conseguido fugir.
Desse modo, na data de sua morte, comemora-se no Brasil o Dia da Consciência Negra. Por isso, apresentamos hoje uma lista de livros escritos por pessoas negras para refletir sobre o racismo em nossa sociedade. Confira abaixo e escolha a sua próxima leitura!
O Caminho de Casa
Em primeiro lugar, apresentamos um livro escrito por Yaa Gyasi e que conta a trajetória de duas irmãs que foram separadas pelo comércio de pessoas negras escravizadas. Desse modo, a narrativa poderosa de Gyasi se inicia no século XVIII em uma tribo africana e vai até os Estados Unidos hoje, onde o racismo ainda é um forte problema social.
Eu sei por que o pássaro canta na gaiola
Publicado em 1969, Eu sei por que o pássaro canta na gaiola é um dos mais importantes livros da escritora Maya Angelou. Nessa obra, a autora nos faz acompanhar por meio de sua narrativa a sua trajetória desde a infância até a juventude. Assim, podemos refletir sobre os impactos da segregação racial dos Estados Unidos do início do século XX.
Insubmissas lágrimas de mulheres
Nossa terceira dica é de uma escritora brasileira, Conceição Evaristo. Em Insubmissas lágrimas de mulheres a autora conta histórias sobre diversas personagens negras. Desse modo, a obra pode ser vista como um retrato da sororidade entre mulheres negras, pois toca em questões que movem, aproximam e unem as mulheres negras no contexto do Brasil.
Memórias da Plantação
O livro Memórias da Plantação de Grada Kilomba reúne diversos episódios de racismo no cotidiano. Desse modo, a autora expõe o racismo que há não só nas políticas de espaço, mas também nas políticas do corpo e do cabelo, sem deixar de fora episódios nos quais o racismo se manifesta por meio de insultos raciais e não apenas na organização estrutural da sociedade.
Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada
Por fim, apresentamos Quarto de Despejo, obra da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus. Escrito em formato de diário, a obra de caráter biográfico traz detalhes do duro cotidiano da escritora como moradora da favela do Canindé, em São Paulo. Desse modo, ela registrou sua luta como mulher negra, mãe e catadora de papel para não deixar que seus filhos morressem de fome. Ademais, além de trazer um relato real de cunho social, o livro publicado em 1960 e traduzido para mais de 16 idiomas, possui ainda uma linguagem poética ímpar.
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