Na numismática, a ciência que estuda moedas, medalhas e cédulas, até mesmo as peças de valor nominal mais baixo podem se transformar em verdadeiros tesouros para colecionadores. Podemos citar três moedas de 10 centavos que, devido a características únicas e condições especiais, valem mais de R$ 100 cada uma.
As informações constam no site especializado Cláudio Amato Numismática.
1. 10 Centavos 1995 – FAO
Em primeiro lugar, temos uma moeda de 10 centavos de 1995, comemorativa da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). Essa moeda é avaliada em aproximadamente R$ 150 em estado de conservação Flor de Cunho (FC), que indica que a moeda está em excelente estado, sem marcas visíveis, preservando seu brilho original.
O reverso da moeda apresenta o emblema da FAO, e é conhecida por sua tiragem limitada e valor histórico associado à organização internacional. A avaliação de moedas como essa leva em conta não apenas a raridade, mas também a demanda e a qualidade de conservação.
2. 10 Centavos 2002 – Reverso horizontal
A segunda moeda é a de 10 centavos de 2002 (desde que tenha seu reverso horizontal). Esse tipo de erro de cunhagem, onde a orientação do desenho no reverso é diferente do padrão, é altamente valorizado por colecionadores. Avaliada em cerca de R$ 120 em estado seminovo (S/FC), a moeda ainda mantém parte de seu brilho original, com mínimas marcas de circulação.
O erro de cunhagem é uma característica que pode valorizar significativamente uma moeda, especialmente quando o design incorreto é claramente identificável. Colecionadores consideram essas variantes como peças únicas e desejáveis para suas coleções, contribuindo para o aumento de seu valor ao longo do tempo.
3. 10 Centavos 1994 – Reverso invertido
A terceira moeda em destaque é a de 10 centavos de 1994. A unidade deve ter o reverso invertido. Avaliada em aproximadamente R$ 135 em estado de conservação Flor de Cunho (FC), a moeda apresenta o desenho do reverso virado incorretamente em relação ao anverso.
O estado de conservação é crucial na determinação do valor de uma moeda. Moedas bem preservadas não apenas mantêm seu valor histórico e estético, mas também são mais valorizadas no mercado de colecionadores. A preservação de detalhes como bordas nítidas, brilho original e ausência de marcas de circulação desgastadas são considerações importantes na avaliação.
Escala de conservação das moedas
Os termos utilizados para classificar as moedas (como “Flor de Cunho”, por exemplo) referem-se a uma escala numismática de conservação. Essa escala serve justamente para encaixar as moedas em diferentes categorias, conforme o grau de preservação do exemplar. Confira a seguir as principais categorias da dita escala:
- FC – Flor de Cunho: Estado de menta, sem qualquer sinal de circulação, mantendo o brilho e a integridade original. É uma moeda perfeita.
- S – Soberba: Moeda em excelente estado de preservação, com mínimos sinais de circulação e preservando o brilho original. É valiosa, ainda que não tanto quanto a moeda em Flor de Cunho.
- MBC – Muito Bem Conservada: Moeda com desgaste moderado, mas ainda com detalhes visíveis e boa preservação geral. O valor ainda poderá ser alto em alguns casos.
- BC – Bem Conservada: Moeda com sinais visíveis de circulação, desgaste razoável, mas ainda reconhecível e com boa parte dos detalhes preservados.
- R – Regular: Moeda com desgaste significativo devido à circulação intensa, detalhes consideravelmente desgastados e perda substancial de qualidade.
- UTG- Um Tanto Gasta: Moeda com desgaste avançado, onde os detalhes estão bastante apagados. Por via de regra, aliás, já não vale mais nada.