Os motoristas do país receberam uma grande notícia neste final de semana. A saber, os preços da gasolina e do etanol caíram pela segunda semana consecutiva nas bombas, para alívio do bolso dos brasileiros. Já o diesel se manteve estável, após cinco meses seguidos de queda.
Os dados do levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelaram que os consumidores do Brasil conseguiram gastar um pouco menos para abastecer o tanque de combustível dos seus veículos. Contudo, as queda foram leves, de apenas alguns centavos.
No caso da gasolina, o preço médio nacional caiu 0,71% em relação à semana anterior, passando de R$ 5,63 para R$ 5,59. A queda de quatro centavos conseguiu animar parte os motoristas, mas o combustível segue caro no país. Ainda assim, vale destacar que é melhor uma queda leve do que qualquer alta.
Em suma, a ANP revelou que o maior preço encontrado nos postos do país nesta semana foi de R$ 7,39. Isso quer dizer que houve estabelecimentos que comercializaram o litro do combustível a um preço 32,2% maior que a média do país, dificultando ainda mais a vida dos motoristas.
Preço do etanol também recua no país
Da mesma forma que a gasolina, o etanol hidratado também ficou mais barato no país, mas a queda foi bem mais intensa. Em resumo, o valor médio do biocombustível caiu 2,58%, passando de R$ 3,87 para R$ 3,77.
O preço mais elevado encontrado nos postos pela ANP foi de R$ 6,39, superando em 69,5% a média nacional. Isso mostra que os valores do etanol tiveram uma variação bem mais expressiva que a gasolina no país.
Aliás, o etanol geralmente acompanha as variações da gasolina, visto que não há regulação dos preços do biocombustível no país. Em outras palavras, as variações do etanol são definidas pela razão entre oferta e procura, oscilando, principalmente, conforme às variações nos preços da gasolina. Isso acontece porque os combustíveis são concorrente nas bombas.
Nesta semana, o preço do etanol acompanhou o valor da gasolina e caiu com ainda mais intensidade, animando os motoristas que gostam de usar o biocombustível.
Combustíveis ficam mais caros por causa de impostos
Apesar da redução registrada pela segunda semana consecutiva, a gasolina e o etanol estão mais caros no país neste em julho. Em síntese, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais sobre os combustíveis no início deste mês, após prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) a reoneração integral dos impostos federais PIS/Cofins deveria aumentar o preço do litro da gasolina em 34 centavos e o do etanol em 22 centavos. Entretanto, ambos os combustíveis não tiveram altas tão expressivas assim no país.
O principal motivo da alta mais amena foi um novo reajuste promovido pela Petrobras. A companhia reduziu em 5,3% o preço da gasolina no dia 1º de julho. Assim, o reajuste conseguiu segurar um pouco a alta dos valores da gasolina, impactando também o etanol.
Preço do diesel fica estável nos postos do país
Após 23 semanas consecutivas de queda, o preço do óleo diesel ficou estável nos postos do país. Nos últimos cinco meses, os motoristas do país não tiveram qualquer preocupação com o aumento nos valores do combustível fóssil.
Contudo, nesta semana, não houve o registro de uma nova queda. A estabilidade do preço liga o sinal de alerta dos motoristas, que já ficam esperando o encarecimento do diesel, apesar de não haver qualquer indicação de que isso irá acontecer.
De todo modo, a ANP revelou que o preço médio do litro do diesel continuou custando R$ 4,94. O maior valor encontrado pela ANP nos postos do país foi de R$ 7,19. Esse preço superou em 45,5% o valor médio nacional, pesando de maneira mais intensa no bolso dos motoristas.
Cabe salientar que o preço do diesel caiu 22,7% no país nas últimas 23 semanas. Em valores reais, a redução foi de R$ 1,45 no período, uma vez que o combustível estava sendo comercializado a R$ 6,39 nos postos na semana de 29 de janeiro a 4 de fevereiro, último período de alta no preço do diesel.
Isenção de impostos reduz preço do diesel
Para quem não sabe, o preço do diesel vem caindo há meses no país graças à Medida Provisória (MP) publicada pelo Governo Federal no dia 2 de janeiro deste ano, logo no início do governo Lula.
Em síntese, a MP manteve zeradas as alíquotas de diversos impostos sobre os combustíveis. Entre outras determinações, a MP definiu a isenção do PIS/Cofins (impostos) sobre diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha, até o dia 31 de dezembro.
Isso quer dizer que os motoristas que utilizam o diesel não deverão ter preocupações com preços mais elevados ao longo do ano, a não ser que a Petrobras eleve o preço do combustível vendido para as distribuidoras do país.