No mundo da numismática, certos erros de fabricação são tidos como raridades valiosas. A moeda de 20 Cruzeiros de 1965, quando com um desses, é um exemplo de peça que sobre de preço. Normalmente, essa moeda pode não valer muito mais do que seu valor nominal ou histórico, mas se ela tiver uma falha conhecida como “boné”, seu valor pode disparar.
O que é uma moeda de “boné”?
O “boné” é um tipo de erro de cunhagem que ocorre quando o disco de metal (também conhecido como plancheta) não está corretamente posicionado durante o processo de cunhagem. Esse deslizamento causa um deslocamento significativo no design da moeda, criando uma aparência onde parte do design parece estar “coberta” ou “dobrada” como um boné sobre a moeda.
Entendendo o valor do erro
Algumas questões são bem importantes na hora de entender a razão por trás do alto valor associado a moedas com erros. Podemos citar:
- Raridade: Erros de cunhagem significativos são eventos raros. Durante o processo de produção, moedas com tais erros são normalmente detectadas e removidas. As que conseguem entrar em circulação são poucas, tornando-as itens de colecionador desejáveis.
- Aparência única: O “boné” cria uma aparência única em cada moeda, tornando cada peça um exemplar exclusivo. Esse fator de exclusividade atrai colecionadores que procuram adicionar itens únicos às suas coleções.
- Curiosidade: Moedas com erros oferecem uma visão panorâmica dos problemas históricos das casas da moeda. Elas contam uma história e adicionam um valor narrativo à coleção.
A moeda de 20 cruzeiros de 1965
Essa moeda de 20 cruzeiros foi emitida durante um período de grande mudança econômica no Brasil. Embora a moeda em si seja uma relíquia histórica, não é sua idade ou design original que atrai colecionadores, mas sim a presença do erro do “boné”. Essa unidade com erro pode valer até R$ 350, dependendo de vários fatores. Esse, pelo menos, é o preço da peça no site TN Moedas.
Fatores que influenciam o valor
Mesmo com o erro do “boné”, o valor de uma moeda pode variar. Aqui estão alguns fatores que influenciam essa variação:
- Estado de conservação: Antes de mais nada, devemos apontar que moedas em melhor estado de conservação tendem a valer mais. Uma moeda sem desgaste significativo, arranhões ou manchas pode alcançar um preço mais alto.
- Grau do erro: O quão pronunciado é o erro do “boné”? Quanto mais significativo e claro for o deslocamento, maior será o valor da moeda.
- Demanda do mercado: O interesse dos colecionadores pode influenciar o valor. Em um mercado onde há muitos colecionadores interessados em erros específicos, os preços tendem a subir. Muitos numismatas, aliás, dedicam-se exclusivamente a colecionar moedas anômalas.
Mais sobre a questão da conservação
O estado de conservação é muito importante na avaliação de qualquer moeda. Na numismática, existe uma escala de conservação, que vai desde “Flor de Cunho” (FC) até “Um Tanto Gasta” (UTG). Aqui estão as categorias principais:
- Flor de Cunho (FC): Moeda em estado perfeito, sem qualquer sinal de desgaste, brilhante como uma moeda nova. Sendo assim, valem altas quantias.
- Soberba (S): Moeda com sinais mínimos de uso, mantendo elevado valor de mercado. No entanto, não é, logicamente, tão boa quanto uma FC.
- Muito Bem Conservada (MBC): Moeda com leve desgaste, mas que ainda preserva a maioria dos detalhes. Pode valer bastante em alguns casos.
- Bem Conservada (BC): Moeda com desgaste moderado, que não nem boa nem ruim. O valor, porém, não é dos mais altos.
- Regular (R): Moeda com desgaste significativo, sem a maioria dos detalhes. É, dessa forma, uma moeda sem valor.
- Um Tanto Gasta (UTG): Moeda com desgaste extremo, com arranhões, manchas e outros danos agressivos e impactantes. Sendo assim, não é mais colecionável.