A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, conhecida como COP30, começou nesta segunda-feira (10) em Belém, no Pará e seguirá até o dia 21/11. O evento reúne líderes mundiais, cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil para discutir e negociar ações globais para combater o aquecimento global.
A conferência terá como um dos principais focos a preservação da Amazônia. Durante o evento, temas como a redução de emissões de gases de efeito estufa, o financiamento climático para países em desenvolvimento e a proteção da biodiversidade serão discutidos.

Imagem: Reprodução Bruno Peres/Agência Brasil
A seguir, veja dez fatos e curiosidades que destacam a importância e as particularidades desta conferência histórica.
1. Belém, ponto estratégico para a Amazônia
Belém, a capital do estado do Pará, é a sede da COP30 deste ano. A cidade é considerada a porta de entrada para a Amazônia e possui uma posição estratégica tanto histórica quanto geograficamente. Fundada em 1616, Belém tem sido um centro portuário e cultural da Região Norte do Brasil.
Além de sua relevância histórica, a cidade se destaca por sua economia voltada para o comércio, o turismo e as atividades relacionadas à biodiversidade amazônica, tornando-se um local simbólico para debates sobre mudanças climáticas e conservação ambiental. A realização da COP30 em Belém coloca o Brasil em evidência no cenário internacional, com foco nas questões climáticas globais e na preservação da Amazônia.
2. Belém como capital simbólica do Brasil
Durante o período da conferência até o dia 21 de novembro de 2025, a cidade de Belém será transformada na capital simbólica do Brasil. A medida, estabelecida por decreto presidencial, reforça a relevância nacional e internacional do evento e direciona a atenção do país para as pautas climáticas e ambientais que serão discutidas na capital paraense.
3. Preparação de Belém para a COP30
Belém se preparou para receber mais de 50 mil turistas estrangeiros durante a COP30 em 2025. Para isso, a cidade recebeu investimentos relevantes, como os R$ 450 milhões em melhorias no Aeroporto Internacional de Belém e os R$ 180 milhões na requalificação do Porto de Outeiro, ambos visando fortalecer a infraestrutura turística da Amazônia.
4. Foco em financiamento climático
Um dos temas centrais será a pressão por maior apoio financeiro dos países desenvolvidos para nações em desenvolvimento. O objetivo é viabilizar a transição energética e a adaptação aos impactos severos do aquecimento global. A discussão sobre o financiamento é vista como um passo fundamental para garantir a justiça climática e o cumprimento das metas globais.
5. O que significa “COP”?
A sigla COP significa “Conferência das Partes”. As “Partes” são os países que assinaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) em 1992. Anualmente, esses países se reúnem para avaliar o progresso no combate às mudanças climáticas e negociar novas ações, tornando a COP o principal órgão de tomada de decisão da convenção.
6. Protagonismo da sociedade civil
O evento não se limita às negociações entre delegações oficiais. Espaços como a “En-Zone”, no Parque Urbano Belém Porto Futuro, e a “Zona Verde” serão dedicados à participação da sociedade. Nesses locais, associações de mulheres, artesãos, quilombolas e produtores rurais apresentam seus saberes e soluções baseadas na bioeconomia amazônica.
7. Liderança renovada do Brasil
Ser o país-sede oferece ao Brasil a oportunidade de reafirmar sua liderança nas negociações sobre sustentabilidade. O evento permite que o país mostre seus avanços em energias renováveis e agricultura de baixo carbono, além de fortalecer sua posição como um ator importante na diplomacia ambiental global, como já ocorreu na Eco-92 e na Rio+20.
8. Lançamentos científicos e filantrópicos
A conferência é palco para o lançamento de iniciativas importantes. Um exemplo é o “Grupo de Ciência e Filantropia para a Transformação de Sistemas Alimentares”, uma parceria da Embrapa com entidades internacionais. Esses eventos paralelos conectam ciência, filantropia e políticas públicas para encontrar soluções inovadoras para a crise climática.
9. Justiça climática em destaque
A justiça climática também será um tema transversal em muitas discussões. A pauta reconhece que os impactos das mudanças climáticas afetam de forma desproporcional as populações mais vulneráveis, como comunidades tradicionais e periféricas. Debater os “Saberes Tradicionais Quilombolas e Populações Amazônicas” é uma forma de buscar soluções mais justas e inclusivas.
10. Legado para a região amazônica
Além do impacto global, espera-se que a COP30 deixe um legado duradouro para Belém e para a região amazônica. Os investimentos em infraestrutura, o aumento do turismo e a atração de investimentos em tecnologia ambiental e energia limpa podem impulsionar um modelo de desenvolvimento econômico que valoriza a preservação da floresta e melhora a qualidade de vida da população local.
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