Na virada do ano de 1999 para 2000, existia um certo mito de que o mundo iria acabar. O mundo não só não acabou, como rendeu aos numismatas a fabricação de uma peça que chama muita atenção até hoje.
Estamos falando da moeda de 10 centavos do ano de 2000. Esta peça completa 25 anos de idade em 2025, e chama atenção de colecionadores pelos seus novos valores de catálogo.
A boa notícia é que você não precisa ser um especialista na área da numismática para entender se a peça de 10 centavos do ano de 2000 é valiosa ou não. Basta prestar atenção aos detalhes para entender se vale a pena colecionar a moeda.
A moeda de 10 centavos
A moeda de 10 centavos do ano de 2000 faz parte da chamada segunda família do Plano real. A peça em questão ainda possui valor monetário, e pode ser encontrada a qualquer momento em um trocado no comércio, por exemplo.
De acordo com as informações oficiais, a peça em questão contou com uma tiragem de pouco mais de 26 milhões de exemplares. Parece muito, mas o número é considerado muito baixo dentro do mundo da numismática, o que explica o seu grau de raridade.
Para ajudar no processo de identificação do exemplar, listamos abaixo um grupo com as principais características do item, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: bronze sobre aço
- Diâmetro: 20,0 mm
- Massa: 4,80 g
- Espessura: 2,23 mm
- Bordo: serrilhado
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1998 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie de D. Pedro I – proclamador da Independência, primeiro imperador do Brasil -, ladeada pelo dístico Brasil e por cena alusiva à proclamação da independência política do País, ocorrida em 7 de setembro de 1822, em São Paulo, às margens do ribeirão Ipiranga.
- Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.
Dom Pedro I
Uma das principais curiosidades sobre a moeda de 10 centavos da segunda família do Plano Real é que ela conta com a representação de uma das figuras mais conhecidas da história do Brasil: Dom Pedro I. Ele foi um dos principais condutores do país no processo de Independência da Coroa Portuguesa.
De acordo com historiadores, Dom Pedro I foi muito criticado pelo seu autoritarismo, o que motivou o seu divórcio com as elites brasileiras. No meio da crise, ele renunciou ao trono em 1831 e voltou a Portugal.
Os valores da moeda
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, a moeda de 10 centavos da segunda família do Plano real podem ser vendidas por algo entre R$ 8 e R$ 200.
Tudo vai depender necessariamente do grau de conservação do exemplar. Em regra geral, quanto mais bem conservada estiver a sua peça, maior poderá ser o valor de revenda.
Veja na imagem abaixo, e atente para a área delimitada para a moeda de 2000:
Entendendo as classificações
Para os iniciantes, as inscrições da imagem acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
- MBC
O termo MBC significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
- SOB
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
- FDC
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.