Segundo um documento do FBI, a agência pode ter acesso a todos os dados de usuários do WhatsApp e do iMessage da Apple. A possibilidade entra em contradição com a filosofia de privacidade da empresa.
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Cabe salientar que mesmo diante a criptografia de ponta a ponta das plataformas, uma intimação judicial pode permitir o acesso ás informações por terceiros.
O “Acesso Legal”, desenvolvido em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia e Divisão de Tecnologia Operacional do FBI, é uma espécie de guia que orienta as agências estaduais e federais a obterem legalmente informações das nove maiores plataformas de mensagens do mundo.
O documento informa quais as possibilidades e meios para conseguir os dados dos aplicativos de forma legal. Por meio de um mandado de busca, por exemplo, é possível ter o acesso a contatos de um certo usuário, bem como de outros usuários que tenham o respectivo contato em sua agenda, segundo o FBI.
O WhatsApp por sua vez, é o mais rápido, e chega a atender as solicitações quase em tempo real. A ação permite a visualização de metadados do usuário, que não é o conteúdo real das mensagens. As demais empresas respondem de forma mais lenta, e o atraso da entrega pode comprometer o andamento das investigações, diz o texto.
A criptografia de ponta a ponta do WhatsApp é um direito de todos os usuários da plataforma. De modo geral, o sistema possibilita que somente o remetente e destinatário tenham acesso às informações transmitidas.
Entretanto, é possível que terceiros leiam as mensagens, ao menos as cinco últimas em caso de denúncia. O mensageiro possui mais de 2 bilhões de usuários, todos suscetíveis a análise de dados do governo americano de forma legal.