Os vícios de linguagem são desvios da norma-padrão da língua. Para os gramáticos, esses desvios consistem em alterações defeituosas da norma. Cometidos de forma não intencional, os vícios de linguagem decorrem muitas vezes da falta de atenção ou do descuido do falante. Desse modo, podem causar problemas na compreensão das frases ou mesmo gerar ruídos na comunicação.
Relativos a desvios de sintaxe, a erros no uso de uma dada palavra ou a construções linguísticas inadequadas, os vícios de linguagem podem trazer problemas à comunicação. Por isso, em contextos mais formais do uso da língua, como na escrita, deve-se evitar esses desvios da norma-padrão. Provas de vestibulares e concursos, por exemplo, exigem a observância das regras da escrita padrão, então, é preciso conhecer os vícios de linguagem para evitá-los.
Os vícios de linguagem podem ser classificados em barbarismo, solecismo, arcaísmo, estrangeirismo, ambiguidade, cacófato, eco, e pleonasmo. Esses vícios podem ocorrer tanto na fala quanto na escrita. Veja abaixo em que consistem os desvios mais comuns.
Em primeiro lugar, o barbarismo consiste em erros no emprego de dadas palavras, sejam de ordem fonética, morfológica ou semântica, como, por exemplo, falar pobrema ao invés de problema. O solecismo, por sua vez, diz respeito a erros de ordem sintática. Então, erros de regência, colocação e regência são vistos como solecismo. Exemplo disso é a concordância inadequada do verbo haver: Houveram poucos votos.
Já o arcaísmo consiste no uso de palavras ou estruturas antigas que já deixaram de ser usadas, como vossa mercê, por exemplo. Por outro lado, o estrangeirismo é o uso de palavras, expressões e construções típicas de idiomas estrangeiros como se pertencessem ao português: Maria tem um crush em Juliano.
A ambiguidade ocorre quando uma frase sem duplo sentido, de modo que permite mais de uma interpretação, causando confusão na cena discursiva: O ladrão bateu na velha com a bengala. Por fim, o pleonasmo vicioso diz respeito ao uso de termos que trazem redundância de modo que há a repetição desnecessária de uma informação do texto. Um exemplo clássico disso é a frase eu vou subir para cima.
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