Educação

Vice-presidente afirma que é “hipocrisia” a recusa da volta às aulas presenciais em instituições federais

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou a jornalistas que há “certa hipocrisia” na recusa de reitores e associações de estudantes para retomar as aulas presenciais, conforme estabelecido em portaria do Ministério da Educação (MEC). A afirmação foi feita nesta quinta-feira (3), na chegada de Mourão ao Palácio do Planalto.

Em portaria publicada no Diário Oficial da União ontem, o MEC determinou que institutos e universidades federais deveriam retomar as aulas presenciais a partir do dia 4 dezembro de 2021. Contudo, a decisão não teve uma boa recepção entre reitores e alunos. A decisão do MEC foi anunciada em meio a uma alta no número de casos de mortos por covid-19. Desse modo, a comunidade acadêmica usou como argumento que salvar vidas é a a prioridade nesse momento da pandemia.

Governo quer retomada das aulas presenciais

Mesmo com o aumento de casos, o governo defende a volta às aulas presenciais. Nesse sentido, Jair Bolsonaro disse aos seus apoiadores que o desejo é retomar as aulas em todos os níveis de ensino. Mourão, por sua vez, acredita que as pessoas que se recusam a voltar às salas de aula são também as que já voltaram a frequentar bares. Nesse sentido, ele afirmou:

“Isso é um assunto controverso, porque acho que até tem certa hipocrisia. As pessoa saem para a rua, vão para bares, restaurantes, mas não podem ir para aula. A mesma turma que não quer voltar para aula, vai para balada, vai parar bar. Então, vamos ser coerente nas coisas”.

Para o vice-presidente, é possível retomar as atividade de ensino presenciais sem colocar as pessoas em risco. Assim, ele afirmou que o Espírito Santo é exemplo disso: “Vai metade da turma num dia, metade no outro, de modo que você tenha o distanciamento na sala de aula. Com boa vontade e a gente consegue”, concluiu.

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