Os vestibulares tradicionais no Brasil exigem todos os anos o conhecimento de determinadas obras literárias. Desse modo, é comum a cobrança de obras nacionais e estrangeiras, como o livro Memorial do Convento.
Publicado em 1982, o romance Memorial do Convento foi escrito pelo autor português José Saramago e traz uma narração ficcional e histórica.
Desse modo, o plano histórico retrata Portugal no século XVIII. Descreve, por exemplo, a construção do Palácio Nacional de Mafra. Por outro lado, além de conter personagens reais, há personagens puramente fictícios. Além disso, o autor ainda traz no seu livro um terceiro plano, o fantástico.
Entre as personagens históricas figuram D. João Quinto, que é rei de Portugal, e sua esposa, D. Ana Maria Josefa. Estes representam a nobreza. Assim, em Memorial do Convento, o rei faz uma promessa à Igreja de que vai construir um convento, caso sua esposa engravide. Após a rainha ter um filho, o convento é construído, sacrificando o tesouro do reino e o seu povo.
O enredo ficcional da obra traz como representante do povo Blimunda de Jesus e Baltazar, que tem poderes especiais. Ambos são personagens principais, mas há outros secundários, como Álvaro Diogo, Inês Antônia e João Elvas.
O romance é composto de 25 capítulos sem título e o narrador é onisciente. Contudo, o foco narrativo é múltiplo. Assim, ora o escritor faz uso da 3ª pessoa, ora da 1ª e da 2ª pessoa.
A história de Memorial do Convento tem a duração de 22 anos e se passa em diversos ambientes: o palácio do rei, as ruas de Lisboa, a cidade de Mafra e a chácara para onde vão Blimunda e Baltazar.
Nascido em 1922, José Saramago publicou com quase 60 anos o seu primeiro livro “Terra do Pecado” (1947). Desde então, o escritor português escreveu diversas obras de grande importância para a literatura de língua portuguesa. Entre eles figuram “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” (1991) e “Ensaio Sobre a Cegueira” (1995).
Saramago recebeu muitos prêmios pela grandiosidade de suas obras. Em 1995, ganhou o Prêmio Camões, o prêmio literário mais importante da língua portuguesa, e, em 1998, ganhou o Nobel de Literatura. O autor faleceu em 2010.
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