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Veja como receber nova poupança de até R$ 8 mil para estudantes

Já pensou na possibilidade de receber uma poupança apenas para estudar em uma escola pública? Acredite, é possível. Alguns estudantes têm direito ao novo benefício social que faz pagamentos de até R$ 8 mil. Mas o fato é que boa parte destes alunos nem sabem que têm este direito.

Estamos falando do programa Mumbuca do Futuro, que está sendo capitaneado pela prefeitura da cidade de Maricá, no Rio de Janeiro. A ideia é pagar um auxílio de R$ 50 por mês para os alunos, e depositar um saldo mensal a ser sacado no final do curso. Este valor pode chegar a R$ 8 mil no final das contas.

O programa em questão tem como objetivo reduzir a evasão escolar, problema que preocupa secretarias de educação de todo o país. A avaliação é de que ao entrar no sistema, os alunos passariam a se sentir mais encorajados a continuar na escola, e não desistir de estudar.

“O objetivo é dar alinhamento às questões voltadas à economia solidária, para que os alunos já comecem a desenvolver a capacidade de gestão. Também é uma ferramenta importante para a manutenção da criança e do adolescente na escola”, afirma Cláudio Gimenez, presidente do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM).

Quem recebe

De acordo com informações da prefeitura da Maricá, o projeto em questão atende 1.600 alunos da cidades. São estudantes que estão matriculados do 6º ano do ensino fundamental até o 2º ano do ensino médio.

O programa oferece bolsas para todos os alunos. Não importa, portanto, a renda destes estudantes. Apenas oito escolas municipais e uma escola estadual estão sendo atendidas pelo sistema. Mas a meta da prefeitura é aumentar o público alvo, e passar a atender todos os estudantes do ensino médio em breve.

“A inscrição ao Programa será feita no site da Incubadora de Inovação Social Mumbuca Futuro através do preenchimento de uma ficha cadastral”, explicou a prefeitura municipal.

Projeto foi lançado no ano passado em Maricá. Imagem: Prefeitura de Maricá

Não é Pé-de-meia

É importante lembrar que este projeto não tem qualquer relação com o Pé-de-meia, programa do governo federal que foi lançado recentemente, e que possui basicamente a mesma configuração de pagamento para os estudantes brasileiros.

Vale lembrar, no entanto, que nem todos os alunos do ensino médio podem receber o Pé de Meia. Para ter direito, é preciso seguir uma série de requisitos. Veja abaixo:

  • ter CPF;
  • estar cadastrado no CadÚnico;
  • fazer parte de uma família que recebe o Bolsa Família;
  • ter se matriculado no início do ano letivo;
  • alcançar frequência escolar de pelo menos 80% das horas letivas;
  • participar do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Já para receber o bônus é preciso:

De acordo com o Ministério da Educação, nenhum aluno precisa se preocupar com o processo de solicitação do benefício. Os pagamentos são feitos de maneira automática na conta poupança que foi criada na Caixa Econômica Federal para cada um dos estudantes aptos.

Para saber se você foi escolhido, basta baixar o aplicativo oficial do Jornada do Estudante. Através desta aplicação gratuita, o aluno vai conseguir não apenas entender se foi selecionado, como também confirmar uma série de outras informações como:

  • parcelas de matrícula;
  • calendário de pagamento;
  • data de pagamento;
  • valor da parcela;
  • identificação de competência da parcela;
  • informações de banco, agência e conta em que a parcela foi paga;
  • situação da parcela; e
  • data de processamento de cada informação.

Ampliação do Público do Pé-de-meia

Em breve, o Pé-de-meia poderá passar por uma ampliação de público. A informação foi confirmada pelo ministro da Educação, Camilo Santana na tarde da última quinta-feira (4). De acordo com ele, a sua pasta já está estudando a possibilidade de inserir mais pessoas dentro do sistema de atendimento do projeto.

“Essa é uma preocupação do presidente (a falta de pagamento para quem não é do Bolsa Família). Ele está incomodado com isso. Nós já estamos estudando a possibilidade de ampliar. Estamos começando essa primeira etapa com a base, com 2,5 milhões de alunos”, disse o ministro.