O Governo Federal já bateu o martelo e disse que não vai fazer pagamentos do vale-gás nacional neste mês de fevereiro. De acordo com o Ministério da Cidadania, os repasses do benefício devem retornar no próximo mês de março. Essa é uma manobra permitida já que o projeto fala em liberações a cada dois meses.
Então se o Governo fez pagamentos em janeiro, fica claro que eles podem fazer o próximo repasse apenas em março. Mas o fato é que essa movimentação do Palácio do Planalto vai fazer com que a quantidade de liberações deste projeto seja menor do que estava se esperando para este ano de 2022.
Para quem não lembra, o Governo Federal começou os pagamentos do seu vale-gás nacional ainda no final do último mês de dezembro do ano passado e não agora em janeiro. Naquele primeiro momento, apenas cerca de 100 mil brasileiros receberam o montante. São pessoas que moram em regiões atingidas pelas fortes chuvas na Bahia e em Minas Gerais.
O próprio Governo considerou que aquele foi o início das liberações. Tanto é que eles afirmaram em mais de uma oportunidade que os pagamentos de janeiro, embora pra sua maioria, estavam acontecendo de maneira retroativa. Isso acabou abrindo brecha para que se considerasse que o segundo repasse iria acontecer em fevereiro.
Isso porque se o primeiro pagamento aconteceu em dezembro, então poderia se imaginar que o Governo precisaria fazer o segundo repasse dentro de dois meses no máximo, o que consequentemente acabaria caindo em fevereiro. De qualquer forma, a nova manobra do Planalto vai empurrar a segunda etapa do benefício para março.
Quem está lendo esse artigo pode estar se perguntando o que é que isso muda na prática para os pagamentos do programa em questão. Além da questão de uma maior demora no recebimento, isso também impacta no número de repasses do ano.
Caso o Governo decidisse pagar o benefício em fevereiro, então teríamos ainda mais seis pagamentos do vale-gás. Como eles irão pagar apenas em março, então estão restando apenas cinco liberações. É o que se sabe.
Outra manobra do Governo que acabou causando controvérsia foi a questão do valor do benefício em questão. É que eles pagaram em janeiro de forma retroativa com o montante de dezembro, que era mais baixo: R$ 52.
Caso o Planalto tivesse pago em janeiro a metade do preço médio do botijão de gás naquele momento, então o valor deveria ter sido maior. Portanto, essa outra manobra do Governo de pagar o benefício de forma retroativa acabou baixando os valores.
O poder executivo começou os pagamentos do vale-gás nacional ainda no final do ano passado. Naquele primeiro momento, apenas cerca de 100 mil pessoas conseguiram pegar o benefício, mas o projeto cresceu em janeiro.
Neste momento, ainda não dá para saber quantos indivíduos poderão entrar no programa no próximo repasse. A tendência é que o Governo só anuncie mais detalhes sobre isso em uma data mais próxima a liberação do dinheiro.