Benefícios Sociais

Vale a pena o crédito do MEI para empreendedores do Bolsa Família? Saiba mais!

Quem é beneficiário do Bolsa Família e também está engajado em alguma atividade profissional poderá em breve desfrutar de vantagens adicionais.

Isso porque, o governo federal está planejando facilitar o acesso a empréstimos para esses empreendedores, incentivando assim sua independência financeira.

A proposta inclui a necessidade de formalização da atividade, tornando-se um Microempreendedor Individual (MEI).

Vale mencionar que, a iniciativa está em fase de estudo, mas, em resumo, a intenção é liberar empréstimos especificamente destinados a empreendedores que recebem o Bolsa Família.

Isso implica não apenas em regularizar a prestação de serviços, mas também em contribuir para o sistema tributário e para a Previdência Social, mantendo, contudo, o direito ao benefício do Bolsa Família.

Se você deseja obter mais informações sobre esse crédito e esclarecer eventuais dúvidas relacionadas, convidamos você a continuar a leitura do texto que elaboramos abaixo.

Como um beneficiário do Bolsa Família pode se tornar um Microempreendedor Individual (MEI)?

Governo estuda a criação de um crédito específico para os beneficiários do Bolsa Família que se tornarem MEI. Imagem: O Globo.

Tornar-se um Microempreendedor Individual é um processo acessível e simples, realizado inteiramente online.

Qualquer pessoa que esteja envolvida em uma das atividades econômicas elegíveis para esta categoria pode estabelecer sua própria empresa, com o número de CNPJ gerado automaticamente durante o processo.

Entretanto, é importante observar os critérios estabelecidos, como o limite de faturamento anual de até R$ 81 mil para permanecer nesse regime.

Além disso, há a restrição de contratar no máximo um funcionário e a impossibilidade de ser sócio ou proprietário de outra empresa.

Atualmente, os beneficiários do Bolsa Família têm a possibilidade de se tornarem MEI, porém, é importante considerar que isso pode implicar em limitações em seus rendimentos. Falaremos mais sobre isso adiante.

Mas antes, confira como é simples o processo de abertura da empresa nessa categoria:

1. Antes de tudo, acesse o Portal do Empreendedor;
2. Em seguida, selecione a opção “Quero ser MEI“;
3. Posteriormente, escolha a alternativa “Formalize-se”;
4. Faça então login utilizando sua conta Gov.br;
5. Por fim, preencha os campos necessários conforme as orientações.

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Mas será que solicitar esse empréstimo vale a pena?

Quando se trata de tomar empréstimo para impulsionar um Microempreendedor individual que também é beneficiário do Bolsa Família, a pergunta inevitável surge: será que vale a pena? A resposta, como muitas vezes acontece, é: depende!

Antes de dar o passo decisivo para solicitar qualquer crédito, é fundamental avaliar cuidadosamente se o produto financeiro realmente contribuirá para o crescimento do seu empreendimento.

Além disso, é importante analisar se as parcelas a serem pagas se ajustam confortavelmente ao orçamento do negócio.

Nesse cenário, o Sebrae surge como um parceiro essencial, oferecendo suporte no acesso a esses recursos financeiros.

Para muitos Microempreendedores Individuais beneficiários do Bolsa Família, o empréstimo pode ser uma oportunidade interessante, por exemplo para:

  • Ampliar a capacidade produtiva, adquirindo mais matéria-prima;
  • Investir no crescimento sustentável do negócio, seja em termos de expansão física ou diversificação de produtos;
  • Regularizar pendências financeiras que estejam prejudicando o desenvolvimento saudável da empresa.

Contido, é importante ressaltar que a decisão de tomar um empréstimo deve ser embasada em uma análise criteriosa da situação financeira e das necessidades específicas de cada empreendimento.

Afinal, o sucesso dessa iniciativa depende não apenas do acesso ao crédito, mas também de uma gestão responsável e estratégica dos recursos disponíveis.

Vou continuar a receber o Bolsa Família se abrir um MEI?

Sim, é possível iniciar como Microempreendedor Individual (MEI) e ainda receber o benefício do Bolsa Família. De acordo com as regras atuais, não há uma proibição explícita para isso. Entretanto, é essencial entender alguns detalhes.

Para continuar elegível ao Bolsa Família, é importante que a renda por pessoa do grupo familiar não ultrapasse R$ 218.

Se a renda familiar aumentar para meio salário mínimo por pessoa, ainda há a possibilidade de permanecer no programa, mas sujeito à Regra de Proteção, o que pode implicar em ajustes nos valores recebidos.

Cerca de 44% dos beneficiários do Bolsa Família que têm renda superior a R$ 800 estão envolvidos em atividades empreendedoras informais, como a produção e venda de alimentos caseiros ou confecção artesanal de peças de vestuário.

Assim, empreender como MEI pode ser uma forma de formalizar essas atividades e continuar recebendo o benefício do Bolsa Família por um determinado período, garantindo assim a sua segurança financeira enquanto cresce como empreendedor.