Com quase 7 mil vagas, a pergunta que não quer calar é se terá concurso CNU em 2025. Por conta disso, ministra Esther Dweck esclareceu.
Veja.
Em uma conversa exclusiva com o jornal Valor Econômico, a Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, deixou claro o compromisso em relação ao aguardado Concurso Nacional Unificado (CNU), previsto para 2025.
Ela enfatizou os desafios logísticos de reunir um grande número de vagas para a realização deste concurso, mas garantiu que sua equipe está incansavelmente empenhada nessa missão.
Ademais, Dweck lançou luz sobre a necessidade premente de revisão no sistema de progressão de carreira no serviço público, defendendo uma abordagem mais equitativa e justa.
Segundo ela, é essencial que os funcionários públicos atinjam o ápice de suas trajetórias profissionais em um período de 20 anos. Esta perspectiva, segundo a ministra, permitirá aos servidores assumirem papéis de maior responsabilidade e serem devidamente recompensados por sua experiência.
No entanto, a Ministra não apenas ressaltou os desafios, mas também apontou para soluções em potencial.
Ela compartilhou que estão em discussão novos critérios para a progressão na carreira, que não se baseiem apenas na passagem do tempo.
Estas mudanças, segundo ela, serão formalizadas em uma portaria que visa estabelecer carreiras mais longas e um caminho mais gradual para o topo. Essa abordagem, espera-se, proporcionará aos servidores públicos uma jornada profissional mais gratificante e justa ao longo de suas carreiras no serviço público.
Com o Curso de Formação sendo uma exigência para todos os aprovados, a Ministra reiterou a importância de um período de estágio probatório para que os candidatos possam descobrir suas afinidades e serem selecionados para áreas que se encaixem melhor em suas habilidades.
Uma das propostas é que durante esse estágio os concursados passem um tempo em municípios com baixo desenvolvimento no Brasil, para vivenciar de perto a realidade do país.
Com as provas do Concurso Nacional Unificado se aproximando em pouco mais de um mês, mais de 2 milhões de inscrições já foram realizadas. A Ministra comentou sobre o sucesso do evento até agora.
“Economizamos consideravelmente com a unificação das provas, em comparação com a realização de múltiplos concursos separados. Além disso, acredito que conseguimos dissipar preocupações sobre a avaliação de conhecimentos específicos.
Algumas áreas temiam que não houvesse candidatos com expertise suficiente, mas a organização do concurso resolveu essa questão. Agora, estamos focados em garantir a segurança do processo“, afirmou.
Os candidatos do Concurso Unificado enfrentarão as provas objetivas e discursivas em um único dia: 5 de maio.
As provas serão divididas em dois turnos para acomodar diferentes tipos de exames.
Turno da Manhã (2h30 de Prova)
Para os cargos de nível médio, haverá provas objetivas (20 questões) e redação. Para os de nível superior, as provas serão de Conhecimentos Gerais (20 questões) e uma prova discursiva de Conhecimento Específico do bloco.
Turno da Tarde (3h30 de Prova)
No turno da tarde, os candidatos de nível médio enfrentarão provas objetivas (40 questões), enquanto os de nível superior responderão a provas objetivas de Conhecimentos Específicos (50 questões).
As provas de nível médio abrangerão questões de Língua Portuguesa, Noções de Direito, Matemática e Realidade Brasileira. Para os de nível superior, as questões abordarão Políticas Públicas e Conhecimentos Específicos, dependendo do bloco temático escolhido. A parte discursiva também será cobrada.
Critérios de Eliminação
Será eliminado o candidato que não alcançar pelo menos 40% da pontuação nas provas objetivas de Conhecimentos Gerais e Específicos, ou que obtiver nota zero na prova discursiva.