A empresa de moda chinesa, Shein, está enfrentando um processo nos Estados Unidos movido pela sua concorrente, Temu, alegando violação da lei antitruste americana. A Temu acusa a Shein de ameaçar, intimidar e coagir fabricantes de roupas para impedir que eles trabalhem com a concorrente, que recentemente entrou no mercado americano.
A disputa entre as duas empresas foi reportada pela Bloomberg, que teve acesso ao processo movido pela Temu. Segundo a Temu, desde que a Shein entrou no mercado americano em 2017, ela dominou mais de 75% do comércio de ‘ultra fast-fashion’. No entanto, quando a Temu decidiu tentar conquistar uma fatia desse mercado em 2022, a Shein retaliou forçando fabricantes locais a assinarem contratos de fornecimento que excluíam a Temu.
No processo, a Temu acusa a concorrente de iniciar uma campanha de ameaças, intimidações, falsas afirmações de infração e tentativas de impor multas punitivas sem fundamento. Além disso, a Shein teria forçado acordos de exclusividade com fabricantes de roupas, sufocando a concorrência. A Temu identificou pelo menos quatro estratégias utilizadas pela Shein para alcançar esse objetivo.
O processo movido pela Temu parece ser uma resposta a um ataque anterior feito pela rival, também na Justiça americana. De acordo com a Bloomberg, a Shein processou a Temu alguns meses atrás, acusando-a de violação de marca e direitos autorais, além de práticas de negócios falsas e enganosas.
A disputa entre Shein e Temu revela o modus operandi dessas duas gigantes da moda e como a competição entre elas está se intensificando cada vez mais. A Temu acusa a rival de violar a lei antitruste americana por meio de ameaças, intimidações e práticas de exclusividade que visam sufocar a concorrência. Agora, cabe à Justiça americana avaliar as alegações e decidir sobre o desfecho desse processo. Acompanharemos de perto o desenrolar dessa disputa e suas possíveis repercussões no mercado de moda.