O Governo Federal tem a intenção de manter o auxílio emergencial durante pandemia do novo coronavírus, atualmente pago em três parcelas no valor de R$600. No entanto, se a prorrogação do benefício for aprovada, o valor deve diminuir.
Nesta sexta-feira, 22 de maio, o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, reconheceu que a ideia é usar o valor médio de pagamento do Bolsa Família, que é de R$ 200 por mês.
“Dados os benefícios (do auxílio emergencial), tanto diretos como indiretos, o ministro (Paulo Guedes) chegou a comentar uma referência nesse caso que é o Bolsa Família, que tem um ticket médio de R$ 200 por mês”, disse Rodrigues em entrevista à Globonews.
Ainda segundo ele, o auxílio emergencial tem provocado um impacto positivo muito importante na economia e, por isso, seria fundamental dar continuidade a essa ajuda a informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados.
“Quando olhamos o auxílio emergencial e a extensão da crise, que é imprevisível, a preocupação do Ministério é de que haja uma transição para esse programa, para que não deixemos os mais vulneráveis”, explicou.
“De todas as medidas que o governo já tomou, em torno de 20 medidas, um número realmente elevado, dessas o auxílio emergencial é o que tem mais impacto fiscal, a gente estima em R$ 51,5 bilhões”, acrescentou o secretário. “O impacto de mais de R$ 50 bilhões por mês é muito elevado. Por exemplo, é o dobro do Bolsa Família para todo o ano.”
De acordo com o governo, o gasto elevado é o que motiva a redução do valor do benefício. O pagamento estava programado para apenas três meses e o Ministério da Economia já antecipou que esse modelo não poderá ser prorrogado. As três parcelas com valor maior terminam em junho.
Nesta sexta-feira, 22 de maio, a Caixa Econômica Federal (CEF) faz o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial no valor de R$600. Vão receber, conforme informou banco, os beneficiários do Bolsa Família (NIS 5).
Além disso, vão receber quem foi aprovado recentemente para trabalhadores informais ou pessoas de baixa renda nascidas em abril.
Os pagamentos começaram desde a última segunda-feira (18). Os primeiros que receberam a segunda parcela foram os os beneficiários do Programa Bolsa Família com Número de Inscrição Social (NIS) final 1.
Hoje, receberão os que têm NIS final 5. O crédito vai continuar sendo feito nessa ordem, de um NIS por dia, menos no fim de semana, até o número zero, que será pago no dia 29 deste mês.
Diariamente, de acordo com informações da Caixa, recebem o auxílio 1,9 milhão de pessoas, que podem sacar o benefício pelo cartão do Bolsa Família, conforme informações passadas pelo Ministério da Cidadania.
De acordo com o Governo, cerca de 50 milhões de pessoas estão inscritas para receber o auxílio emergencial, benefício destinado para os trabalhadores informais e cidadãos de baixa renda, que são inscritos no cadastro social e também no Bolsa Família.
Na questão do Bolsa Família, o calendário foi dividido conforme as datas habituais de pagamento para quem integra o programa. Para as demais pessoas, o pagamento será de acordo com o mês de nascimento.
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