Economia

URGENTE! Lista de produtos que ficarão mais caros é divulgada

Se o seu carro é movido a diesel certamente você já percebeu que este combustível está mais caro. A partir desta terça-feira (5), o valor médio do litro sobe R$ 0,11 em todos os postos do país. O aumento faz parte de uma determinação federal com o processo de reoneração parcial dos impostos Pis/Cofins.

Trata-se de um processo de reoneração gradual, ou seja, o motorista vai perceber o aumento aos poucos. A elevação que está sendo percebida nesta terça-feira (5) é apenas a primeira delas. Novos aumentos também já estão sendo sinalizados pelo governo federal para o decorrer deste ano de 2023. O próximo reajuste deve ocorrer já em outubro.

Projeções da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis (Fecombustíveis) indica que o preço médio do litro do diesel, atualmente vendido a R$ 5,93 (valor mais alto desde abril), deve ultrapassar os R$ 6 já neste mês de setembro.

Compensação

Lembra do programa de barateamento dos carros populares promovido pelo governo federal? Por um lado, ele permitiu um aumento na venda destes veículos por pessoas com menor poder aquisitivo. Contudo, o fato é que o projeto tem um preço e que está sendo cobrado pelo poder executivo agora.

Como condição para bancar o programa de barateamento dos carros populares, o governo federal estimou a antecipação da reonaração do diesel já para este mês de setembro. Vale lembrar que inicialmente a ideia era cobrar os impostos sobre o diesel apenas a partir do ano de 2024.

Para completar a “tempestade perfeita” para os motoristas, há ainda a questão internacional. Segundo analistas, a atual conjuntura externa também pressiona a Petrobras a aplicar aumentos nos preços internos, não apenas do diesel, mas também de outros combustíveis como gasolina e etanol.

Reoneração ocorre como forma de bancar MP do carro popular. Imagem: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

Além do diesel

O cidadão que não tem carro movido a diesel pode até pensar que esta é uma notícia que não o impacta. Contudo, há motivos para preocupação. De acordo com economistas, o aumento do preço do diesel tem impacto direto nos preços de uma série de produtos e serviços. Existe, portanto, uma movimentação em cadeia.

Veja abaixo, a lista de produtos e serviços que podem ficar mais caros a partir deste novo aumento do diesel em setembro.

  • Transportes;
  • Compras online;
  • Contas de Luz;
  • hortifrutigranjeiros;
  • carnes;
  • laticínios;
  • alimentos industrializados.

Os dados fazem parte de uma alerta divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

“Não é fácil governar”

Em maio, quando a Petrobras decidiu reduzir os preços dos combustíveis, o atual presidente da estatal, Jean Paul Prates, criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com Prates, a gestão anterior teria atuado para reduzir os preços do diesel da gasolina e do etanol de maneira artificial.

“É preciso lembrar que os impostos (sobre a gasolina) estão voltando porque houve uma decisão, ao meu ver, puramente eleitoreira e simplista, de retirar os impostos dos governadores. Uma situação completamente inusitada e fácil de fazer. Governar assim, qualquer um governa. Se você tira o imposto de tudo, tudo baixa de preço. Essa solução para a inflação é simplista”, disse Prates.

“Não é assim que tem que ser feito. Se tirou muito dinheiro dos governadores”, completou o presidente da Petrobras, sem citar os nomes dos ex-presidentes do Brasil e da Petrobras.

Na ocasião, o presidente da Petrobras disse que tanto os aumentos como as reduções nos preços dos combustíveis devem ser feitos com base em critérios técnicos.

“Eu não sei, vamos ver até lá. As circunstâncias vão dizer. As coisas não estão sendo feitas por acaso. Isso está sendo feito com muita parcimônia e com muita análise. Não é chute”, disse o presidente da Petrobras.

No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro optou por desonerar completamente os valores dos combustíveis no Brasil. Como a medida foi tomada às vésperas das eleições, opositores acusaram o então presidente de usar a Petrobras para fazer campanha. Bolsonaro nega.