Muitos aposentados brasileiros que recebem benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), tinham a oportunidade de se beneficiar significativamente através da chamada “Revisão da Vida Toda“.
Esse processo considera os salários de toda a vida contributiva do segurado para calcular o valor da aposentadoria, podendo resultar em aumentos substanciais nos proventos.
Entretanto, a possibilidade de usufruir dessa revisão foi suspensa recentemente, o que tem causado preocupações entre os beneficiários.
A incerteza em torno dessa medida pode deixar muitos segurados em situação de insegurança financeira. Em especial, aqueles que estavam planejando utilizar os recursos adicionais para cobrir despesas essenciais ou melhorar sua qualidade de vida na aposentadoria.
Vale ressaltar que a Revisão da Vida Toda é especialmente relevante para aqueles que tiveram salários mais altos no início de suas carreiras, mas que não foram devidamente considerados nos cálculos realizados pelo INSS.
Para que você entenda tudo sobre essa suspensão anunciada, bem como, o que irá mudar a partir de agora, preparamos esse texto para você. Reunimos aqui, de forma simplificada, as informações essenciais sobre esse processo.
Antes de tudo, entenda o que aconteceu
Para resumir, o Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu uma decisão recente ordenando a suspensão de todos os processos referentes à revisão da vida toda que estavam em andamento na Justiça.
O pedido de suspensão foi feito pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e prontamente atendido pelo ministro Alexandre de Moraes.
Essa suspensão permanecerá em vigor até que o STF julgue o recurso apresentado pelo próprio INSS. É importante destacar que o assunto já foi objeto de julgamento em dezembro do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal.
A revisão da vida toda é uma questão previdenciária que tem gerado debates e questionamentos, e sua análise pelo STF pode ter impactos significativos nos benefícios previdenciários dos segurados.
Assim, com a suspensão dos processos, espera-se que o tribunal possa analisar de forma mais aprofundada os argumentos apresentados pelo INSS e outros envolvidos no caso antes de tomar uma decisão definitiva. Até que isso aconteça, os processos ficarão paralisados, aguardando o desfecho do recurso.
Qual o posicionamento do INSS sobre a Revisão da Vida Toda?
Anteriormente, apenas as contribuições a partir de 1994 eram levadas em conta para o cálculo dos benefícios previdenciários. Porém, um novo entendimento permitia que os aposentados solicitem a consideração de todo o período de contribuição ao INSS para o cálculo de seus benefícios.
Apesar dessa mudança, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) manifestou, em fevereiro, sua impossibilidade de revisar imediatamente todos os benefícios de acordo com o novo entendimento.
Em um pedido apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a autarquia alegou que atender à decisão “extrapola suas possibilidades técnicas e operacionais”. Isso significa que o INSS argumentou não ter capacidade, naquele momento, para realizar todas as revisões requeridas pelos aposentados de forma ágil e abrangente.
Adicionalmente, o Instituto apontou que cumprir a decisão do STF implicaria em realizar alterações significativas em seus sistemas, rotinas e processos internos. Com isso, seria acarretado em um grande impacto orçamentário, avaliado em milhões de reais.
Em suma, embora o novo entendimento permita a inclusão de todo o histórico de contribuições na apuração dos benefícios previdenciários, o INSS alegou limitações técnicas e operacionais para atender imediatamente a essa demanda, destacando a necessidade de realizar mudanças complexas em seus processos e o impacto financeiro envolvido nesse procedimento.
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Como estava acontecendo as solicitações de revisões de valores no INSS?
A revisão de aposentadoria poderia ser solicitada até dez anos após o recebimento da primeira aposentadoria. Isso incluía aposentadorias por tempo de contribuição, especial, idade ou invalidez.
Também poderiam solicitar a revisão aqueles que receberam auxílio-acidente, auxílio-doença, pensão por morte e salário-maternidade até 13 de novembro de 2019. Mas, cumprindo o mesmo prazo de dez anos após o início do recebimento do benefício.
Antes de entrar com uma ação de revisão na Justiça Federal, era aconselhável procurar um profissional de Direito Previdenciário para avaliar se a solicitação era viável para o caso específico.
O cálculo do benefício de revisão era complexo, tornando importante encontrar um escritório de advocacia especializado para realizar o cálculo de forma precisa e garantir que os clientes não perdessem a oportunidade de requerer um benefício melhor.
Enfim, diante disso, o INSS se manifestou para que a “Revisão da Vida Toda” fosse suspensa.