O ministro da Educação, Camilo Santana (PT) disse na manhã desta quarta-feira (12) que o governo federal ainda não decidiu se pode adiar ou não as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O adiamento seria uma demanda de parte dos candidatos que já se inscreveram.
De acordo com Santana, uma das possibilidades seria adiar a prova apenas para os candidatos do Rio Grande do Sul. O estado acabou de passar pelo maior desastre ambiental de toda a sua história. Milhares de pessoas seguem desalojadas ou desabrigadas, de acordo com os dado mais recentes da Defesa Civil local.
“Isentamos a taxa, estamos acompanhando o percentual de estudantes inscritos, ampliamos a inscrição até sexta-feira (dia 14). Vamos avaliar se para o Rio Grande do Sul vai precisar adiar, vamos avaliar até lá a necessidade de fazer uma prova exclusiva para o Rio Grande do Sul”, disse o ministro durante audiência na Câmara dos Deputados.
No Rio Grande do Sul, menos de 70% dos alunos do 3º ano do ensino médio se inscreveram no Enem até o final da semana passada. A baixa adesão tem clara relação com a situação do estado, que ainda enfrenta os impactos das fortes chuvas que destruíram várias cidades.
Em entrevistas recentes, o ministro Camilo Santana garantiu que os candidatos do Rio Grande do Sul deverão obedecer a um calendário específico do Enem, para que nenhum aluno gaúcho seja prejudicado.
O edital completo do Enem também já foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na última segunda-feira (13). Neste documento, o candidato pode ter uma noção mais clara sobre o cronograma de realização da prova.
O cronograma completo do Enem para este ano de 2024 é este:
“O Enem é a principal porta de entrada para a graduação e garantir a maior participação possível dos jovens é bom para o Brasil”, disse o Ministro da Educação. Ele também revelou que quase 100% dos alunos do 3º ano do ensino médio dos seguintes estados se inscreveram no Enem:
Para além de oferecer a possibilidade de isenção na taxa de inscrição, o governo federal também sancionou a criação de um auxílio para a realização do Enem.
No último dia 16 de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a criação de uma nova bolsa para os estudantes do ensino médio. O benefício consiste em pagamentos mensais de R$ 200, e mais uma poupança extra de R$ 1 mil ao final de cada ano.
Dentro deste mesmo programa, o ministro Camilo Santana anunciou também que o governo deverá pagar uma espécie de saldo extra para os estudantes que pretendem realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“O programa, posso adiantar aqui, terá também o incentivo para quem fizer o Enem. Então isso vai ser uma forma de estimular o jovem regular do Ensino Médio, que vai receber esse auxílio financeiro nos três anos do Ensino Médio, mas no último ano, no terceiro ano, ele vai receber um percentual, um valor para fazer a prova do Enem”, disse o ministro, ao ser questionado sobre o tema recentemente.