A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) repudiou a decisão dos talibãs de fechar as escolas que ofertavam o ensino médio para as mulheres afegãs. A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, afirmou que a decisão sobre a educação das mulheres é “retrocesso enorme” no Afeganistão.
Nesse sentido, a chefe da organização afirmou nas redes sociais: “Hoje, a promessa de um retorno à escola para milhões de mulheres alunas de ensino médio foi quebrada no Afeganistão. É um retrocesso enorme. O acesso à educação é um direito fundamental”.
Na ocasião em que o grupo Talibã tomou o poder do governo, em agosto de 2021, o grupo afirmou que as mulheres teriam o direito à educação assegurado, mas permaneceu a decisão de separar homens e mulheres em diferentes núcleos.
No entanto, na última quarta-feira (23), dia estabelecido pelo Ministério da Educação do país para o retorno das aulas, o grupo voltou atrás e fechou os institutos secundaristas, impedindo as meninas de estudarem. O Talibã não explicou a decisão e tem recebido duras críticas em diversos países.
Diante disso, Azoulay fez um pedido em nome da organização que representa. “A Unesco reitera seu apelo: as mulheres devem ser autorizadas a voltar à escola sem prazos adicionais”, disse.
Protesto em Cabul
Neste sábado, dia 26 de março, dezenas de meninas e mulheres afegãs se reuniram nas ruas de Cabul, capital do Afeganistão, para protestar contra a decisão de proibir a oferta de educação formal para as mulheres.
As jovens pediram pela reabertura das escolas e empunharam cartazes com mensagens em defesa da educação formal como um direito fundamental. O grupo de mulheres se dispersou após a chegada dos talibãs no local do protesto.
Com informações da AFP.
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