O índice de atividades turísticas do Brasil cresceu 0,7% em julho deste ano, em comparação com o mês anterior. A alta eliminou a perda registrada em junho (-0,1%) e fortaleceu ainda mais o turismo brasileiro.
Com o acréscimo desse resultado, o índice de atividades turísticas ficou ainda mais distante do nível de fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da covid-19. O segmento de turismo está 6,2% acima do patamar pré-pandemia.
Por falar na crise sanitária, o setor turístico sofreu fortes perdas nos últimos anos. Em síntese, a crise sanitária afundou o turismo em todo o mundo devido ao incentivo ao distanciamento social e às restrições às viagens, medidas que visavam evitar a disseminação do coronavírus.
Em 2022, o índice de atividades turísticas do Brasil cresceu 29,9% em relação a 2021, refletindo a recuperação do turismo nacional. Aliás, o desempenho surpreendeu os analistas, que não esperavam uma alta tão significativa assim.
A melhora do quadro sanitário e o fim das restrições fortaleceram a busca dos consumidores por viagens e pacotes turísticos em todo o país.
Todos esses dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta semana.
Em relação a junho, o índice de atividades turísticas cresceu graças ao avanço registrado em nove dos 12 locais pesquisados pelo IBGE. O avanço não foi muito expressivo devido às quedas registradas, que acabaram limitando a alta do turismo.
Confira abaixo os estados que tiveram os crescimentos mais importantes em comparação a junho:
Por outro lado, os impactos negativos mais intensos vieram do Distrito Federal (-3,7%) e do Espírito Santo (-4,4%).
Em primeiro lugar, vale destacar que o turismo brasileiro ficou abaixo do patamar pré-pandemia por quase dois anos, até novembro de 2022. Entretanto, conseguiu superar essa marca em dezembro do ano passado, e vem se mantendo acima dela desde então.
Embora tenha eliminado todas as perdas acumuladas na pandemia, o índice de atividades turísticas continua abaixo do patamar mais alto já observado na série, mas a distância é bem leve. A saber, o indicador está 1,4% abaixo do ponto mais alto já registrado, alcançado em fevereiro de 2014.
“O turismo tem potencialidade para contribuir ainda mais com a economia do país, gerando riquezas, renda e muitos empregos. Além disso, somos uma atividade sustentável, uma indústria verde, ainda mais no Brasil, que é recheado de atrativos naturais. É nisso que estamos trabalhando, promovendo investimentos para desenvolver o setor“, ressaltou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
De acordo com o IBGE, o índice de atividades turísticas cresceu na base mensal, mas o avanço na comparação anual foi ainda mais forte. Em resumo, o turismo brasileiro cresceu 7,8% em relação a julho de 2022, 28ª taxa positiva consecutiva.
O crescimento anual vem ocorrendo desde abril de 2021, principalmente por causa da base comparativa mais fraca. Isso porque a pandemia foi decretada em março de 2020 e, a partir de então, derrubou os dados não só do turismo mundial, mas também do nacional.
Como a pandemia afetou diretamente o índice de atividades turísticas, todos os dados se enfraqueceram, principalmente a partir de abril 2020. Dessa forma, o indicador passou a registrar avanços significativos em relação ao mesmo período do ano anterior em 2021, e vem mantendo essas taxas positivas até hoje.
Em relação a julho de 2022, o índice de atividades turísticas cresceu graças ao avanço registrado em seis dos 12 locais pesquisados pelo IBGE. O avanço foi muito expressivo apesar do equilíbrio entre altas e quedas, e isso aconteceu graças aos resultados positivos, que exerceram maior impacto na taxa nacional.
A alta mais importante também veio de São Paulo (9,4%), seguido por Rio de Janeiro (14,0%), Minas Gerais (16,1%) e Bahia (21,5%). Por outro lado, os impactos negativos mais intensos vieram do Ceará (-5,1%) e do Distrito Federal (-3,0%).
O indicador de turismo do IBGE também acumulou uma forte alta de 8,4% entre janeiro e julho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. O resultado foi impulsionado por empresas dos seguintes ramos:
Nesse caso, todos os 12 locais pesquisados registraram crescimento em suas taxas, com destaque para São Paulo (7,7%), seguido por Minas Gerais (18,7%), Rio de Janeiro (9,9%), Bahia (13,7%) e Paraná (11,3%).
Por fim, a pesquisa é feita apenas com 12 Unidades da Federação (UFs): Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.