TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por meio da ministra Maria Claudia Bucchianeri, emitiu um mandado de suspensão do trecho da propaganda eleitoral da campanha de Jair Bolsonaro. De acordo com a decisão da magistrada, a interrupção deverá ocorrer a parte do vídeo que associava Lula a uma falsa concordância com atividades criminosas.
A princípio, o vídeo conta com uma montagem de falas do ex-presidente em entrevistas, retiradas de contextos, e que, editadas, levam à desinformação, conforme decisão da ministra.
O vídeo trata-se de “montagem, mediante a reunião de frases que foram ditas em momentos distintos e em contextos distintos. Típico caso de grave manipulação discursiva, a impor a atuação corretiva desta Casa”.
O trecho da propaganda revela a seguinte montagem de falas de Lula:
‘É pra quem rouba celular pra vender, pra ganhar um dinheirinho. Depois vão pro bar tomar uma cerveja juntos…’” O vídeo foi veiculado com cena de um crime à mão armada.
“Passando a impressão equivocada de que o ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva compactuaria com esse tipo de prática” , disse a ministra.
Ademais, a ministra do TSE considerou que esse é um típico caso “de grave manipulação discursiva”. Segundo ela, “tal situação revela a nítida propagação de desinformação, comportamento que vulnera a higidez e a integridade do ambiente informativo, valores que justificam e legitimam a intervenção corretiva da Justiça Eleitoral”.
Nesse sentido, Bucchianeri determinou a suspensão da transmissão da propaganda eleitoral. Caso ocorra o descumprimento da decisão, a multa está estimada em R$ 50 mil.
Nesta sexta-feira (14/10), a partir das 18 horas, a Globo News irá divulgar o resultado de uma nova pesquisa de intenção de voto feita pelo instituto DataFolha sobre a a disputa pela Presidência da República (2023-2026). No próximo dia 30 de outubro, os eleitores poderão escolher entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), em eleição que já está em seu segundo turno.
No primeiro turno, no dia 02 de outubro, Lula obteve 48,43% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro teve 43,20%. Vale destacar que os votos válidos desconsideram brancos e nulos. Veja mais sobre a nova pesquisa.