O Ministério do Trabalho e Previdência informou nesta semana que o Brasil criou 155,27 mil empregos formais em maio deste ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que informa a quantidade de contratações e demissões realizadas no país em cada mês.
Na comparação com o mesmo mês de 2022, o saldo de empregos formais gerados no país foi 44% menor. Isso porque, em maio do ano passado, o país criou 277,73 mil postos de trabalho, número bem maior que o de maio deste ano.
De todo modo, o resultado nacional no quinto mês deste ano foi impulsionado por dados positivos registrados em 23 das 27 unidades federativas (UFs), que fecharam o mês com mais postos formais de trabalho abertos do que fechados.
Veja o estado que mais criou vagas em maio
Em síntese, o estado de São Paulo continuou na liderança nacional, respondendo por 32,3% dos empregos formais criados no país no quinto mês de 2023. Confira abaixo as UFs com os maiores saldos de postos de trabalho criados em abril:
- São Paulo: 50,1 mil;
- Minas Gerais: 26,6 mil;
- Espírito Santo: 13,6 mil;
- Rio de Janeiro: 12,4 mil;
- Bahia: 9,4 mil;
- Paraná: 7,8 mil;
- Pará: 7,3 mil;
- Goiás: 6,3 mil.
Em maio, vale destacar a saída do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina do top oito nacional, após passarem os últimos meses neste grupo. Ao mesmo tempo, cabe salientar o forte desempenho do Espírito Santo e do Pará, que entraram no grupo dos estados que mais criaram vagas de trabalho no país em maio.
Os dados do Caged também revelaram que outros 1.871 postos de trabalho foram abertos no mês, mas o levantamento não identificou em quais UFs estas admissões aconteceram.
Na parte de baixo da tabela, quatro estados registraram fechamento de vagas de emprego formais em abril: Alagoas (-8,2 mil), Rio Grande do Sul (-2,5 mil), Sergipe (-172) e Roraima (-30).
Sudeste se destaca em maio
O levantamento do Caged não mostra apenas os dados das UFs, mas também das regiões brasileiras. Em maio deste ano, o Sudeste foi o grande destaque no país, criando 102,7 mil empregos formais. Isso corresponde a 66,2% do total de postos de trabalho gerados no Brasil no período.
Veja os números de vagas formais de emprego criadas em todas as regiões brasileiras:
- Sudeste: 102,7 milhões;
- Nordeste: 14,7 milhões;
- Centro-Oeste: 14,5 milhões;
- Norte: 12,6 milhões;
- Sul: 8,9 milhões.
Estes dados mostram que o Nordeste concentrou 9,4% dos empregos criados no país em maio, seguido de perto pelo Centro-Oeste (9,3%) e pelo Norte (8,1%). Por último ficou a região Sul, que respondeu por apenas 5,7% das vagas de trabalho criadas em maio. A região caiu três posições, visto que havia ficado em segundo lugar em abril, atrás apenas do Sudeste.
Veja os dados acumulados em 2023
De acordo com os dados do Caged, quase todas UFs conseguiram registrar um saldo positivo no acumulado dos cinco primeiros meses de 2023. No período, o Brasil criou 865,4 mil empregos, número 21,5% menor que o observado no mesmo período de 2022, quando o país criou 1,1 milhão de postos de trabalho.
Confira as UFs que tiveram os maiores saldos de postos de trabalho criados no período:
- São Paulo: 240,6 mil;
- Minas Gerais: 118,7 mil;
- Rio de Janeiro: 63,6 mil;
- Paraná: 62,9 mil;
- Santa Catarina: 59,4 mil;
- Rio Grande do Sul: 53 mil;
- Goiás: 53,8 mil;
- Bahia: 42,6 mil;
Por outro lado, os dados mais fracos vieram de Amapá (938), Acre (1,5 mil), Sergipe (1,6 mil), Roraima (3 mil), Rio Grande do Norte (3,6 mil) e Rondônia (5,5 mil).
Por sua vez, Alagoas (-11,8 mil postos de trabalho), Paraíba (-2,9 mil) e Pernambuco (-372 vagas) foram os únicos estados a registrarem fechamento de vagas no acumulado dos cinco primeiros meses de 2023.
Trabalhador ganhou menos em maio
Os dados do Caged também mostraram que o trabalhador brasileiro ganhou menos em maio deste ano. A saber, o salário médio de admissão era de R$ 2.022,83 em abril, mas o valor caiu 0,9% em maio, para R$ 2.004,57. Em valores reais, o trabalhador recebeu R$ 18,26 a menos que em abril.
Por outro lado, o salário ficou 1,8% maior que o observado em maio de 2022 (R$ 1.969,02). Isso quer dizer que os trabalhadores formais do Brasil receberam R$ 35,55 a mais que há um ano, ou seja, a diferença pode ter sido notada por algumas pessoas.
Ao considerar o salário médio real de desligamento, o valor seguiu a mesma tendência. Em suma, os trabalhadores demitidos no quinto mês deste ano ganharam, em média, R$ 2.082,98. Esse valor ficou 1,0% menor que o de abril (R$ 2.103,80), mas cresceu 2,5% superior ao montante de abril de 2022 (R$ 2.031,03).
Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada. Em outras palavras, o levantamento não inclui os trabalhadores informais do país, que representam uma grande parcela da força de trabalho do país.
Na verdade, o Caged faz apenas um recorte do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, estes dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) Contínua, que mostra a taxa real de desemprego do país.