Economia

Trabalho com carteira assinada: Veja os estados que mais criaram vagas em agosto

Na segunda-feira (2), o Ministério do Trabalho e Previdência informou que o Brasil criou 220,84 mil empregos formais em agosto deste ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que informa a quantidade de contratações e demissões realizadas no país em cada mês.

Na comparação com o mesmo mês de 2022, o saldo de empregos formais gerados no país foi 23,3% menor. Isso porque, em agosto do ano passado, o país criou 288,09 mil postos de trabalho, número bem maior que o de agosto deste ano.

De todo modo, o resultado nacional no oitavo mês deste ano foi impulsionado por dados positivos registrados em todas as 27 unidades federativas (UFs), que fecharam o mês com mais postos formais de trabalho abertos do que fechados.

São Paulo lidera ranking nacional

Em síntese, o estado de São Paulo continuou na liderança nacional, respondendo por 29,6% dos empregos formais criados no país em agosto de 2023.

Na verdade, o estado ocupa a primeira posição em praticamente todos os meses do ano, visto que é o estado com a maior concentração populacional do país, além de ser a maior economia estadual brasileira.

Confira abaixo os saldos de postos de trabalho criados em agosto:

Unidade Federativa Saldo
São Paulo 65.462 vagas
Rio de Janeiro 18.992 vagas
Pernambuco 15.566 vagas
Minas Gerais 15.237 vagas
Paraná 13.568 vagas
Bahia 11.518 vagas
Ceará 10.932 vagas
Paraíba 8.782 vagas
Pará 6.903 vagas
Santa Catarina 6.702 vagas
Goiás 6.151 vagas
Rio Grande do Norte 5.975 vagas
Mato Grosso 4.633 vagas
Amazonas 4.553 vagas
Distrito Federal 3.867 vagas
Alagoas 3.383 vagas
Mato Grosso do Sul 3.226 vagas
Piauí 2.764 vagas
Rio Grande do Sul 2.561 vagas
Sergipe 2.445 vagas
Maranhão 2.409 vagas
Tocantins 2.331 vagas
Rondônia 1.939 vagas
Amapá 989 vagas
Roraima 689 vagas
Acre 448 vagas
Espírito Santo 315 vagas

O top três nacional, geralmente formado apenas por estados da região Sudeste, ficou um pouco diferente em agosto, com a presença de Pernambuco na terceira posição, ultrapassando Minas Gerais, que caiu para o quarto lugar no mês.

Os dados do Caged também revelaram que outros 1.496 postos de trabalho foram fechados no mês, mas o levantamento não identificou em quais UFs estas demissões aconteceram.

Todas as UFs fecham o mês com saldo positivo, fortalecendo dado nacional. (Imagem: Agência Brasil).

Número de postos de trabalho criados em 2023

De acordo com os dados do Caged, quase todas UFs conseguiram registrar um saldo positivo no primeiro trimestre de 2023. No período, o Brasil criou 1.39 milhão de empregos, número 27% menor que o observado no mesmo período de 2022, quando o país criou 1,9 milhão de postos de trabalho.

Confira as UFs que tiveram os maiores saldos de postos de trabalho criados no período:

  • São Paulo: 386,5 mil;
  • Minas Gerais: 171,3 mil;
  • Rio de Janeiro: 105,5 mil;
  • Paraná: 91,4 mil;
  • Santa Catarina: 70,4 mil;
  • Goiás: 69,7 mil;
  • Bahia: 67,6 mil;
  • Rio Grande do Sul: 53 mil;
  • Mato Grosso: 51,1 mil;

Por outro lado, os dados mais fracos vieram de Amapá (4.014), Sergipe (5.129), Acre (4.151), Roraima (4.334) e Paraíba (9.042). A saber, Alagoas figurou como o único estado a fechar vagas no acumulado de 2023 (-1.965 postos de trabalho).

Trabalhador ganhou mais em agosto

Os dados do Caged também mostraram que o trabalhador brasileiro ganhou mais em agosto deste ano. No mês, o salário médio de admissão era de R$ 2.037,90, levemente maior que o registrado em julho (R$ 2.036,63). Em valores reais, o trabalhador recebeu R$ 1,27 a mais na passagem mensal.

Da mesma forma, o salário subiu pouco em relação ao valor observado em agosto de 2022 (R$ 2.028,94). Em resumo, os trabalhadores formais do Brasil receberam R$ 8,96 a mais que há um ano, ou seja, a diferença nem deve ter sido notada pelas pessoas.

Ao considerar o salário médio real de desligamento, o valor seguiu a mesma tendência. Em suma, os trabalhadores demitidos no oitavo mês deste ano ganharam, em média, R$ 2.121,90. Esse valor superou o de julho (R$ 2.120,41) e o de agosto de 2022 (R$ 2.072,13), mas apenas na base anual que o aumento foi significativo, de R$ 48,28.

Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada. Em outras palavras, o levantamento não inclui os trabalhadores informais do país, que representam uma grande parcela da força de trabalho do país.

Na verdade, o Caged faz apenas um recorte do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, estes dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) Contínua, que mostra a taxa real de desemprego do país.