Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad anunciou uma nova proposta que indica mudanças na cobrança do Imposto de Renda no país. De uma maneira resumida, é possível dizer que a ideia é elevar a cobrança dos mais ricos e diminuir a cobrança para os mais pobres.
Desde que esse anúncio foi feito, integrantes do mercado financeiro começaram a criticar o governo federal. Existe um temor por parte desses agentes de que essa medida possa prejudicar a economia do país, sobretudo do ponto de vista fiscal.
O Ministério da Fazenda, por sua vez, indica que não existiria um problema do ponto de vista fiscal porque para elevar a isenção do imposto de renda para os mais pobres, o ministério planeja elevar para os mais ricos, o que poderia compensar a defasagem dentro do orçamento.
Seja como for, o fato é que o governo federal certamente vai ter muitas dificuldades para conseguir aprovar esse projeto no Congresso Nacional. Diante disso, o poder executivo já está trabalhando em uma nova estratégia inusitada para tentar reverter o cenário.
Neste exato momento, o governo federal tem um conteúdo publicitário pronto para tentar mobilizar a sociedade em torno do projeto que eleva faixa de isenção de imposto de renda para R$ 5 mil.
O governo espera que a campanha ganhe adeptos por todo o Brasil por meio de influenciadores e artistas, e de personagens comuns. Seria algo semelhante ao que aconteceu recentemente em um projeto que altera a jornada de trabalho no Brasil.
A PEC que propõe acabar com a escala 6 x 1 ganhou adeptos em todo o país, e fez vários brasileiros pressionarem os seus deputados a assinarem a medida. O poder executivo acredita que pode fazer a mesma coisa com o projeto de elevação da isenção do Imposto de Renda.
Quando essa campanha começa? Certamente não agora. A expectativa de membros do próprio governo federal é de que o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda comece a ser analisado no Congresso Nacional apenas no início do ano que vem.
Pesquisa Quaest divulgada na manhã desta quarta-feira (11) aponta que 75% da população brasileira aprova o aumento da isenção de Imposto de Renda. Por outro lado, apenas 43% dos cidadãos brasileiros afirmam conhecer a proposta.
O salário mínimo também foi um dos pontos impactados pelos anúncios do ministro Fernando Haddad. Mesmo que ainda não tenha indicado maiores detalhes sobre essas mudanças, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad anunciou que haverá uma limitação para o crescimento do piso.
Atualmente, a definição do salário mínimo considera dois pontos básicos. A inflação do ano anterior, e o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Por esse sistema, trabalhadores conseguem sempre um aumento real em comparação com o ano anterior.
Considerando a lei atual, ou seja, antes do corte de gastos, o salário mínimo passaria dos atuais de R$ 1.412 para R$ 1.520 a partir do próximo ano, segundo as projeções oficiais de economistas.
Considerando que o corte de gastos apresentado por Haddad comece a funcionar, este sistema não seria necessariamente alterado. O governo vai continuar tomando como base o PIB e a inflação do ano anterior para definir o valor do piso.
Contudo, o aumento contará com uma limitação de 2,5% acima da inflação. Imagine, por exemplo, que o PIB seja de 3% ao ano. Neste caso, o reajuste do salário não seria de 3%, mas de 2,5%.
Por esta lógica, o salário mínimo subiria dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.515 em 2025. Estamos falando, portanto, de uma diferença de R$ 6 em comparação com os números anteriores.