Saúde e Bem Estar

Toxinas de alguns peixes e crustáceos podem desencadear a Doença da Urina Preta

Também conhecida como doença da Haff, a condição pode levar a morte

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O consumo de peixes geralmente está associado a uma alimentação mais saudável, inclusive, os nutrientes presentes neste alimento, sem dúvidas, são extremamente importantes para a saúde. Apesar disso, há alguns tipos de peixes e crustáceos, que apresentam toxinas prejudiciais ao organismo, que inclusive, dão origem a doença da urina preta.

A doença da urina preta ou Haff, como também é denominada, acomete o sistema muscular e órgãos importante do corpo, como os rins.

A toxina pode estar presente em diferentes tipos de peixes e crustáceos, como salmão, pacu-manteiga, pirapitinga, tambaqui, entretanto, há mais casos registrados da doença após o consumo do peixe “Olho de Boi”. Ainda não há confirmação da natureza desta substância nos peixes, inclusive, o fato dela não apresentar cor ou cheiro dificulta sua percepção.

Além disso, nem a cocção é capaz de eliminar a toxina, que está associada a um envenenamento por arsênico.

Sintomas da doença da urina preta

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A doença é definida como uma espécie de rabdomiólise, visto que provoca a destruição de fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro das fibras como eletrólitos, mioglobinas e proteínas no sangue.

Esta destruição gera uma intensa rigidez muscular, dormência, falta de ar, dores abdominais, poucas horas após o consumo do peixe contaminado e é claro, o escurecimento da urina, que caba dando o nome popular à doença.

Este escurecimento acontece pelo fato de haver uma insuficiência renal durante a ação da toxina no organismo.

A agravação da doença de Haff é extremamente rápida e em pouco tempo pode resultar na falência múltipla dos órgãos, levando o indivíduo a óbito.

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Existe tratamento para doença de Haff?

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Para garantir um tratamento adequado da doença da urina preta é primordial que o indivíduo, assim que sentir os primeiros sintomas, busque auxílio médico com urgência.

Como destacado acima, a progressão da doença é muito rápida, podendo causar danos irreversíveis ou até fatais, caso não seja abordada com celeridade.

Nos casos menos brandos, o tratamento é feito com base na ingestão de muito líquido, a fim de diminuir os níveis de toxina no sangue, eliminando-a por meio da urina.

Também podem ser utilizados analgésicos para controlar a dor e medicamentos que estimulam a produção de urina.

No Brasil, há cinco possíveis casos doença de Haff sob investigação em Pernambuco. Vale lembrar, que neste mês de março, uma mulher morreu em Recife, devido a complicações da doença da urina preta.

Outras doenças associadas ao consumo de peixe

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Além da doença de haff, há outras condições culminantes do consumo de peixes, tais como:

  • Difilobotríase: conhecida popularmente como a doença do peixe cru.
  • Anisaquíase: Termo geral para a conhecida “doença do verme do bacalhau”, causada pela ingestão de peixes contaminados pela larva de nematoide.
  • Fagiculose: Zoonose ainda emergente e carente em estudos, que esta associada à ingestão de carne de tainhas mal cozidas ou mesmo cruas, na forma de sashimi.

Diante dessas ocorrências é extremamente importante frequentar restaurantes ou adquirir peixes em estabelecimentos seguros e confiáveis. O consumo de alimentos crus deve receber ainda mais atenção, visto que a maioria das doenças relacionadas acima, exceto a Haff, estão associadas à falta de cocção dos alimentos.

 

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