Nesta quarta-feira (22/06), um grande terremoto de magnitude 6,1 na escala Richter matou pelo menos 1.000 pessoas no Afeganistão, conforme dados locais. A estimativa é de 600 feridos no momento, enquanto mais verificações estão sendo realizadas para ver se o número de vítimas ainda pode aumentar.
Nesta quarta, o tremor aconteceu bem próximo da cidade de Khost, na fronteira com o Paquistão. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, a profundidade do fenômeno foi de 51 quilômetros.
Segundo informações do Centro Sismológico Europeu, por meio das redes sociais, o tremor foi sentido por cerca de 119 milhões de pessoas no Paquistão, Afeganistão e Índia.
Segundo informações de Mohammad Nassim Haqqani, que é o chefe de gerenciamento de desastres naturais do governo talibã, a maior quantidade de óbitos pelo acontecimento ocorreu na província de Paktika. A estimativa é que 100 pessoas morreram no local, sendo que 250 ficaram feridas.
O desastre acontece em um momento que o Afeganistão enfrenta uma grave crise econômica desde que o Talibã assumiu o poder em agosto de 2021, quando as forças internacionais lideradas pelos EUA se retiraram do país após duas décadas de guerra.
Nesta quarta-feira (22), o terremoto que deixou pelo menos 1.000 mortos no Afeganistão é o segundo mais mortal em duas décadas no país, que tem um histórico de tremores com muitas mortes em áreas montanhosas.
Mas afinal de contas, por que o número de mortes foi alto? Em primeiro lugar, além da geografia, a infraestrutura extremamente precária em vilarejos remotos causada por décadas de guerras locais é um dos principais agravantes que fazem com o que os tremores causem tantas vítimas no país.
O terremoto no Afeganistão nesta quarta não é novidade. Em 1991, um tremor de magnitude 6,9 atingiu o Afeganistão e o noroeste do Paquistão, deixando pelo menos 1.500 mortos, segundo as autoridades afegãs. O movimento foi sentido no norte da Índia e no Tadjiquistão.
Anos depois, no início de 1998, um terremoto deixou cerca de 4.500 mortos e milhares de desabrigados na província de Takhar (nordeste), na fronteira com o Tadjiquistão. Meses depois, ainda em 1998, foram 5.000 mortos em um terremoto de magnitude 6,6, que sacudiu novamente o país. Além da grande quantidade de mortos, foram 1.500 feridos.
Neste século, confira os três eventos que aconteceram antes do tremor desta quarta: