Em junho deste ano, o sistema de auxílio financeiro conhecido como Bolsa Família, causou espanto ao realizar repasses financeiros que excederam a quantia de R$ 3 mil. Isso aconteceu com 53 indivíduos que fazem parte do programa.
Entre esses cidadãos, 11 deles foram agraciados com montantes que ultrapassaram os R$ 4 mil. No entanto, esses valores acima da média suscitam questionamentos sobre como alguém pode receber este valor de Bolsa Família.
O valor máximo pago na história do Bolsa Família atingiu a expressiva quantia de R$ 4,5 mil. Enquanto isso, aqueles com ganhos superiores ao salário mínimo totalizaram uma cifra de R$ 157 mil.
Dentre os 19 maiores repasses, com uma média de aproximadamente R$ 4 mil, surpreendentemente, 18 ocorreram no município de Turilândia, localizado no estado do Maranhão. É importante ressaltar que Turilândia já esteve envolvida em situações fraudulentas em meses anteriores no âmbito do programa, o que ressalta a urgência de realizar uma “investigação minuciosa” a fim de coibir essas práticas irregulares.
Esses pagamentos substanciais podem encontrar justificativa em dois fatores predominantes:
No mês anterior, em maio, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) cancelou cerca de 37 benefícios devido a discrepâncias nas informações cadastrais.
Como muitos cidadãos veem expressando preocupação acerca desses pagamentos atípicos, alguns veículos encaminharam o questionamento ao MDS. Então, por qual motivo há um número considerável de indivíduos que receberam quantias acima de R$ 3 mil no mês de junho?
Adicionalmente, também foi indagado acerca de eventuais futuras suspensões e quais foram as inconformidades identificadas. No entanto, até o presente momento, o MDS não emitiu qualquer pronunciamento oficial a respeito desse tópico.
Essa circunstância levanta indagações sobre a efetividade do Bolsa Família no que concerne à garantia de que o auxílio chegue às famílias verdadeiramente necessitadas. É crucial que as autoridades avaliem e refinem os procedimentos de seleção e acompanhamento dos beneficiários.
Como previamente mencionado, Turilândia, situada no estado do Maranhão, sobressai como a localidade com a maior quantidade de registros de tais repasses extraordinários. Por exemplo, um morador recebeu R$ 4,514 em junho, R$ 4.070 em maio e R$ 4.135 em março.
Enquanto isso, outro beneficiário também foi agraciado com pagamentos significativos, totalizando R$ 4.390 em junho, R$ 3.342 em maio e R$ 3.341 em março. Já em Igarapé-Mirim, no estado do Pará, houve também uma quantia inesperada de R$ 4.080 em junho, seguindo R$ 900 em maio.
Outros exemplos notáveis englobam um residente de Santo Antônio do Içá, no Amazonas, que recebeu R$ 3.614 em junho e R$ 2.140 em maio. Em Vitória, no Espírito Santo, uma cidadã foi beneficiada com R$ 3.548 em junho, após receber R$ 24,59 nos meses anteriores.
O Bolsa Família determina um repasse de R$ 142 por cada integrante da unidade familiar. Adicionalmente, há a provisão do Benefício Complementar, acionado quando a soma dos valores individuais dos beneficiários não atinge o montante de R$ 600, que representa o valor mínimo pago no âmbito do programa.
Nesse contexto, a discrepância é calculada com base em benefícios suplementares, como o Benefício Primeira Infância (BPI), estipulado em R$ 150 por criança com idade inferior a sete anos, e o Benefício Variável Familiar (BVF), concedendo R$ 50 a famílias que incluam gestantes, crianças e adolescentes com idade entre sete e 18 anos incompletos.
O Bolsa Família, figurando como o principal programa de assistência do Governo Federal, tem uma história notável desde sua criação durante o primeiro mandato de Lula, de 2003 a 2006. Subsequentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro substituiu esse programa pelo Auxílio Brasil, o qual foi descontinuado no início de 2023 para dar espaço ao programa vigente.