A última pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps no Brasil aponta que o Telegram chegou ao quarto lugar entre os apps mais populares entre os brasileiros. O levantamento, realizado em parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções em pesquisas Opinion Box, ouviu mais de 2 mil brasileiros para saber quais os aplicativos que mais usavam e que ficam na tela inicial de seu smartphone.
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Um ano atrás, o Telegram aparecia em décimo lugar na pesquisa, com 9%. Agora está presente na tela inicial de 13% dos smartphones brasileiros. Em 12 meses, ultrapassou Uber, YouTube, Nubank, dentre outros. Na análise demográfica e social, nota-se uma predominância do Telegram na tela inicial do smartphone de pessoas das classes A e B (17%), em comparação com os usuários das classes C, D e E (11%). Não há diferença significativa por gênero, idade ou região do País.
O destaque para o Telegram no quarto lugar é interessante porque o Top 3 é sempre o mesmo: WhatsApp, Instagram e Facebook, do maior para o menor, respectivamente. O próprio Instagram conseguiu melhor seus números e alcançou o maior número de telas iniciais de sua história, passando para 46% dos smartphones pesquisados. Trata-se de um avanço de cinco pontos percentuais em um ano.
Com isso, a rede social se consolidou com o segundo lugar entre os apps mais populares entre os brasileiros, 10 pontos percentuais à frente do seu “irmão mais velho” Facebook, mas ainda atrás de outro membro da família Meta, o WhatsApp. Este último é, inclusive, o único app que superou a barreira dos 50% na história do estudo Panorama Mobile Time/Opinion Box. Atualmente, ele está presente na tela inicial de 55% dos smartphones do País.
A força do Instagram está principalmente no público feminino e jovem. Quase metade das mulheres (49%) entrevistadas mantêm o Instagram na tela inicial, contra 42% dos homens. No grupo de 16 a 29 anos, 60% têm o Instagram no homescreen, bem acima dos percentuais verificados nos grupos de 30 a 49 anos (44%) e com 50 anos ou mais (31%).
Foi observado também um aumento de engajamento do Instagram. Em um ano subiu de 25% para 30% a proporção de brasileiros com smartphone que apontam o Instagram como o app em que passam mais tempo ao longo do dia. Ele está tecnicamente empatado com o primeiro colocado, o WhatsApp, citado por 33% dos entrevistados.
Contudo, quando a pergunta é qual app é aberto mais vezes ao longo do dia, o WhatsApp lidera com folga, citado por 55% do público, enquanto o Instagram aparece distante no segundo lugar, com 16%.
Enquanto Instagram e Telegram crescem, o Facebook perde relevância entre os apps mais populares entre os brasileiros. A rede social perdeu cinco pontos percentuais em presença na tela inicial nos últimos 12 meses, baixando de 41% para 36%. Não há diferenças significativas por gênero, idade ou classe social no uso do Facebook no Brasil. Contudo, a comparação por região do País revela um interesse maior pelo Facebook no Sul (40%) e no Norte (42%) e menor no Nordeste (28%).
Para os analistas da pesquisa, a ascensão do Instagram é um movimento que deve ser acompanhado de perto. A rede social está próxima de ultrapassar a barreira de presença na tela inicial de 50% dos smartphones nacionais, acompanhando o WhatsApp nessa façanha. Isso pode ser interessante em uma ambição da Meta de transformar o Instagram em um superapp, com diversas funcionalidades.
Entretanto, para Instagram e WhatsApp serem superapps dentro do conceito original cunhado para descrever o chinês WeChat, os analistas lembram que ambos precisam avançar na abertura de suas plataformas a terceiros e também na oferta de um sistema de pagamentos nativo – algo que o WhatsApp já tornou possível no Brasil.
A Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps no Brasil é uma pesquisa independente realizada por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções em pesquisas Opinion Box. O questionário foi elaborado por Mobile Time e aplicado on-line entre 13 e 23 de abril de 2022 por Opinion Box junto a 2.041 brasileiros com 16 anos ou mais que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.