A globalização e a influência econômica e cultural norte-americana fizeram da língua inglesa o principal idioma para se comunicar mundo afora. A tecnologia, então, surge para ajudar as pessoas a aprenderem o inglês, língua falada em 53 países e por 400 milhões de pessoas do planeta. Um exemplo é a realidade virtual, que permite um novo tipo de experiência na hora do aprendizado.
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Desenvolvida pela startup brasileira Realvi, a intenção é aliar o inglês com outros conteúdos escolares para facilitar a aprendizagem. A partir dos óculos de realidade virtual, o aluno experimenta uma atividade imersiva que o leva a aprender um novo conteúdo ao mesmo tempo que vivencia o idioma inglês.
A intenção da Realvi é que o estudante transcenda o ensino da língua. De acordo com a empresa, os alunos aprendem de modo mais efetivo, vivenciando situações virtuais. Exemplos são “conversas” com grandes líderes da história, “visitas” a lugares estudados na disciplina de geografia e até “viagens” ao espaço. Tudo isso vivenciando na prática e de modo intenso o idioma inglês.
Por isso, o uso da solução da Realvi é que sua solução seja utilizada em escolas de ensino regular, para potencializar o aprendizado. A empresa afirma que seu conteúdo é alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e que a tecnologia reduz os custos em relação a outros métodos. Os módulos didáticos, independentes, permitem que a escola utilize a solução nos mais variados contextos curriculares e de carga horária.
Aprendendo inglês com a Alexa
Para quem quer aprender em casa, uma opção é usar assistentes virtuais para exercitar outro idioma. A escola Michigan Idiomas, por exemplo, lançou uma skill para Alexa, da Amazon, com foco no ensino de inglês. Desenvolvida em parceria com a edtech Voxall, a funcionalidade usa voz na experiência de aprendizagem de idiomas.
Baseada em inteligência artificial e em machine learning, ela ajuda os usuários a entenderem melhor o tempo verbal Present Perfect. A Alexa explica, interage e até realiza um teste no final da atividade para que o usuário avalie a aprendizagem e os pontos de melhoria. Com os alunos do Michigan Idiomas, o recurso será usado como uma forma de fortalecer o engajamento dos estudantes.
O lançamento marca o início de uma série de conteúdos interativos do Michigan Idiomas para assistentes virtuais. Eles podem ser acessados gratuitamente por intermédio dos dispositivos “Echo Dot” da Amazon ou pelo aplicativo Amazon Alexa, disponível para smartphones Android e iOS, para qualquer pessoa interessada em aprimorar o inglês. Outros conteúdos similares já estão em desenvolvimento para continuar explorando o potencial da experiência por voz.
A escola de idiomas explica que a tecnologia foi desenvolvida a partir de conteúdo produzido por professores especializados no ensino em ambientes digitais. Com eles, a programação da Voxall entrou em cena para transformar o material em voz, executando a programação no backend da Amazon. Utilizando aprendizado de máquina, a própria Alexa foi aprendendo o novo idioma ao mesmo tempo em que testavam a skill.
Como funciona a caneta da Wizard
Um recurso tecnológico mais antigo, mas que chamou bastante atenção quando foi lançado, é a caneta da Wizard. Chamada de Wizpen, o dispositivo lê o conteúdo de um livro de inglês da escola e executa um áudio da parte em que foi “passada”, para que o aluno entenda como é a pronúncia daquela palavra.
Mas como ela funciona? Não, o dispositivo não tem nenhum tipo de inteligência artificial ou mesmo um software para entender qualquer palavra em inglês. A caneta, na verdade, reconhece um sinal no livro da Wizard que corresponda à palavra naquela página, executando um áudio em .mp3 dentro da memória da Wizpen. É uma tecnologia parecida com o código de barras, por exemplo.
A caneta conta com um pequeno auto-falante para que o aluno escute a pronúncia correta do conteúdo, além de uma entrada para fones de ouvido, se preferir. O recurso é interessante porque auxilia a compreensão do estudante sem a necessidade da ajuda de um professor, o que permite o aprendizado com eficiência sozinho.