De acordo com documento do Banco Central, os juros no Brasil devem aumentar ainda mais para controlar a inflação. As informações são do portal Metrópoles.
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O processo de redução da inflação também não deve ser fácil. “O Copom concluiu que o ciclo de aperto monetário deverá ser mais contracionista do que o utilizado no cenário básico por todo o horizonte relevante”, afirmou a autoridade monetária.
O documento também explicou que na próxima reunião os juros poderão subir 1,5%, o que faria que alcançasse dois dígitos. Já que deve acontecer “novos prolongamentos das políticas fiscais [aumento de gastos públicos] de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada [procura por bens e serviços] e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco [relação entre risco e rendimentos de investimentos] do país”, aponta o documento.
“Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico”, continua.
O mercado financeiro diminuiu a previsão de inflação, de 10,18% para 10,05% a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país. O valor ainda está na casa dos dois dígitos e a redução não foi tão significativa. Em outras palavras, os produtos vão continuar subindo e ficando mais caros, já a economia do Brasil deve crescer menos do que era esperado inicialmente.
Os resultados foram estimativas do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Banco Central (BC).
Confira abaixo as previsões:
Em paralelo a isso, os juros aumentaram com a Selic saindo de 7,75% para 9,25%. O indicador é considerado a taxa básica de juros e também é utilizado como forma de controlar a inflação. Este é o sétimo aumento consecutivo, o que fez com que o indicador ficasse mais alto em pouco mais que quatro anos – valor maior só foi registrado em julho de 2017 – quando a Selic ficou em 10,25%.
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O PIB também deve demorar a se recuperar, inclusive, o Brasil saiu da lista das melhores economia, devido a queda registrada no indicador.