A renda do trabalhador brasileiro continua crescendo, para felicidade geral. No segundo trimestre de 2023, o rendimento real habitual chegou a R$ 2.921 no país. Isso representa um crescimento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em números reais, o trabalhador passou a receber R$ 169 a mais no país, pois o rendimento médio era de R$ 2.752 um ano atrás.
Vale destacar que esses dados se referem ao primeiro semestre do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Isso mostra que os trabalhadores de carteira assinada do Brasil se beneficiaram com o aumento da remuneração no início do terceiro mandato do presidente.
O aumento na renda é algo normal, até porque o salário mínimo também subiu no período. Contudo, a pandemia da covid-19 impactou fortemente o mercado de trabalho do país e reduziu o rendimento dos profissionais. Por isso, os dados positivos em relação ao rendimento são muito comemorados pelos trabalhadores do país.
A saber, esses dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na semana passada.
O levantamento revelou que a massa de rendimento real habitual também cresceu no país em relação a 2022. Segundo o IBGE, houve estabilidade na base trimestral, mas, na comparação anual, o indicador cresceu 7,2%. Com isso, a massa de rendimento chegou a R$ 284,1 bilhões no segundo trimestre de 2023.
O levantamento do IBGE também mostrou que a taxa de informalidade no Brasil atingiu 39,2% da população ocupada no período. Esse percentual corresponde a 38,7 milhões de trabalhadores do país, enquanto a população ocupada somou 98,9 milhões de pessoas no período.
No trimestre anterior, de janeiro a março de 2023, a taxa de informalidade ficou em 39,0% no país. Já no segundo trimestre de 2022, a taxa chegou a 40,0%.
O IBGE ainda revelou que o desemprego no Brasil caiu 0,8 ponto percentual no período, atingindo 8,0 milhões de pessoas. Em resumo, os brasileiros ainda estão enfrentando muitas dificuldades para entrar no mercado de trabalho, mesmo com a melhora do quadro sanitário do país.
Além disso, a PNAD Contínua mostrou que a taxa da população na força de trabalho ficou estimada em 107,6 milhões no trimestre. Isso quer dizer que houve estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas queda de 793 mil em comparação a um ano atrás.
Já a população fora da força de trabalho somou 67,1 milhões no período, o que representa estabilidade na comparação trimestral, mas um crescimento de 3,6% na base anual (acréscimo de 2,3 milhões).
A saber, o levantamento do IBGE é bastante amplo e traz dados de diversos pontos do mercado de trabalho brasileiro. Um deles se refere à população subocupada do país, que totalizou 5,1 milhões de pessoas no trimestre móvel de março a maio deste ano.
Esse número representa estabilidade na comparação trimestral, mas uma forte queda de 23,0% em relação ao mesmo período do ano passado (menos 1,1 milhão).
Em síntese, esses dados evidenciam a recuperação do mercado de trabalho brasileiro em 2022, visto que os últimos anos foram muito difíceis para os trabalhadores do país devido à pandemia da covid-19, que provocou a perda de milhões de postos de trabalho.
Inclusive, o governo Lula não conseguiu apresentar bons números em relação à criação de empregos formais nos três primeiros meses de mandato. No primeiro trimestre de 2023, os resultados apresentados foram bem fracos e decepcionaram os brasileiros.
Contudo, os resultados mais recentes sobre o mercado de trabalho, referentes ao segundo trimestre, foram bastante positivos, indicando recuperação do país.
Em suma, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem.
Segundo dados do IBGE, a taxa da população subocupada já estava bastante elevada no Brasil antes da pandemia. Com a chegada da crise sanitária, diversos profissionais sofreram com cortes de salário e redução da jornada de trabalho, o que agravou o quadro da subocupação no país.
Em resumo, a subocupação prejudica a recuperação do consumo, principal motor econômico do Brasil. Especialistas explicam que a pessoa subocupada trabalha menos do que gostaria e tende a receber uma remuneração igualmente menor.
Assim, sua renda diminui e ela tem mais dificuldades para manter o mesmo padrão de consumo de antes. Significa dizer que o brasileiro passa a gastar menos, já que o seu poder de compra está reduzido, e isso desaquece a economia.
Aliás, os investimentos nas atividades econômicas acontecem de maneira mais forte quando a economia está aquecida. Por isso, reduzir a subocupação no país é um grande passo para ter um crescimento mais firme da economia brasileira.