O governo de São Paulo (SP) estabeleceu volta às aulas a partir da próxima segunda, dia 8 de fevereiro. No entanto, os professores discordam de tal decisão devido aos riscos de retomar as aulas presenciais em meio à pandemia da covid-19. Desse modo, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) aprovou greve de professores, contra a volta das aulas presenciais na próxima semana.
Por meio de assembleia virtual, 91% dos profissionais votaram a favor da paralisação. De acordo com o sindicato, o objetivo é de “preservar vidas, tanto de professores quanto de estudantes, funcionários e familiares”. Além disso, 82% dos professores foram favoráveis ao ensino remoto. Com isso, eles farão greve para as aulas presenciais, mas devem continuar a dar aulas remotas.
De acordo com a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, as escolas não têm condições para garantir que haja um retorno seguro:
“As escolas não apresentam a mínima infraestrutura. Recebemos a todo momento fotos e vídeos de professores mostrando banheiros quebrados, lixo acumulado, goteiras, álcool em gel vencido. E tudo isso já está causando consequências graves”, disse.
O sindicato chegou a organizar um relatório com os casos confirmados da covid-19 entre funcionários que trabalham de forma presencial em escolas da rede pública e da rede privada. De acordo com os dados, até então são 147 casos positivos. Assim, o sindicato questiona o que pode acontecer se milhões de alunos voltarem às escolas neste contexto.
Por outro lado, a Secretaria da Educação – SP afirmou que tomará as medidas judiciais cabíveis para garantir a volta às aulas. Em nota ao UOL, o órgão afirmou que a Apeoesp “esquece de contabilizar os riscos diversos atrelados ao atraso educacional e à saúde emocional e mental das milhares crianças e adolescentes”.
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