A pandemia do novo coronavírus causou impactos na educação brasileira, sobretudo no ensino público. Com objetivo de reduzir a defasagem sofrida na aprendizagem de estudantes do Ensino Médio, o governo de São Paulo anunciou a criação do “4º ano” para essa fase escolar.
O portal Notícias Concursos já havia publicado sobre a especulação dessa implementação no Estado.
A medida foi anunciada pelo secretário estadual de Educação de São Paulo, Rossieli Soares. Segundo ele, porém, não se trata de uma obrigatoriedade aos alunos. Esse ano a mais foi criado como uma espécie de apoio àqueles que julgarem necessário reforçar conteúdos que não conseguiram aprender.
Essa mudança, a saber, será válida para os estudantes que estão matriculados atualmente no 2º ano do Ensino Médio. Ademais, é considerada pelo governo uma oportunidade para jovens que quiserem aproveitar esse ano adicional para a preparação para o ENEM ou vestibulares.
Análise de interessante antes da formação de turmas
Como será opcional, a criação do 4º ano do Ensino Médio dependerá da adesão dos estudantes a essa novidade.
Segundo o secretário, deve ser feito um estudo para saber qual é o interesse dos jovens de continuar os estudos por mais um ano. Além disso, é preciso que existem vagas disponíveis. Só assim poderá avaliar a formação de turmas.
“O aluno poderá optar [pelo 4º ano do ensino médio] se quiser continuar estudando, se houver vaga. O aluno do 3º ano do médio é o que a gente menos tem tempo para recuperar [a aprendizagem] enquanto sistema educacional”, afirmou o secretário em entrevista ao UOL no dia 3 de julho.
Pouca adesão às aulas a distância em SP
Com a possibilidade de retorno às aulas somente a partir de de setembro de 2020, pode-se prever uma queda no desempenho.
Afinal, no estado de São Paulo, somente 2,6 milhões de estudantes conseguiram aderir às aulas exibidas pela internet e televisão. Ao todo, o Estado possui 3,4 milhões de matriculados na rede estadual.
Rossieli também destacou a posição favorável do governo de SP em relação ao ENEM, que será realizado nos meses de janeiro e fevereiro de 2021. No entanto, ele acredita que o governo Bolsonaro precisa escolher um novo titular para o Ministério da Educação (MEC) tão logo.