O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta semana que a Secretaria Estadual de Educação deve anunciar no dia 24 de junho o calendário de retorno das atividades escolares presenciais no estado. A entrevista foi dada à rádio BandNews FM de SP.
Porém, a divulgação da data depende da recuperação do secretário Rossieli Soares, que teve alta na quarta-feira (17) do Hospital 9 de Julho, onde se recuperava após contrair a Covid-19.
“Na semana que vem, o secretário Rossieli Soares, que está se recuperando da Covid-19 e, felizmente, está se recuperando bem, vai anunciar provavelmente na quarta-feira, 24, um novo calendário escolar presencial. Até essa informação e até a volta [das aulas], que não será breve, vamos deixar claro pra não criar expectativas aos que estão nos ouvindo aqui. [A volta às aulas] será segura e no momento correto e será anunciada no próximo dia 24 pelo próprio secretário Rossieli”, informou João Doria.
O governador adiantou que a retomada das aulas não será rápida e só deve estar incluída dentro da última etapa do Plano São Paulo de flexibilização da quarentena, que estabelece metas e indicadores para que os municípios paulistas possam voltar gradualmente às atividades.
Nas redes privadas de ensino, o protocolo de retomada já está finalizado, incluindo mais de 60 medidas de higiene e saúde. Tão importante quanto os critérios sanitários é garantir as condições pedagógicas para uma retomada. As particulares estabeleceram que vão realizar uma avaliação do nível de aprendizado dos alunos, ampliar a jornada diária e repor as aulas aos sábados e em turnos alternativos.
Redes privadas querem retomar aulas antes das públicas
Alegando que elas possuem mais recursos e estrutura para adotar protocolos de higiene e saúde, as escolas particulares querem retomar as aulas presenciais antes das instituições públicas. Sindicatos patronais no Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Santa Catarina têm propostas e movimentações nesse sentido.
A informação foi publicada em uma matéria do jornal Folha de S. Paulo. Donos de escolares particulares, sindicatos e entidades que representam o setor estariam pressionando governadores e prefeitos pela permissão de reabrir as escolas antes da retomada das aulas presenciais nas unidades da rede pública.