A presença de determinadas bactérias na região íntima pode resultar em uma grave infecção conhecida como Síndrome de Fournier.
Apesar de ser considerada rara, esta doença tem um nível alto de mortalidade, entre 13 a 30% no país, de acordo com um estudo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e Universidade de São Paulo.
A gravidade do caso pode levar a necessidade de amputação de membros e disseminação da infecção para outros órgãos, gerando risco de morte.
Visto que a Síndrome de Fournier pode ser desencadeada devido a maus hábitos do dia a dia, vale a pena conhecer os principais fatores que levam a esta ocorrência.
A Síndrome de Fournier é resultado da manifestação de várias bactérias, entre as Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Streptococcus sp, Enterococcus e Pseudomonas spp.
Geralmente o risco desta manifestação nas vias genitálias é aumentado pela falta de higienização adequada, obesidade mórbida, já que estas bactérias acabam ficando encrostadas nas pregas da pele do órgão; agravação de uma infecção urinária, inclusive, decorrente de doenças como a diabetes mellitus, desnutrição, sepse e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Também há casos consequentes de cirrose, alcoolismo, hipertensão, uso de drogas e de antibióticos sem indicação médica.
Diante disto, evitar tais gatilhos pode garantir mais chances de prevenção contra esta doença.
Alguns sintomas são considerados comuns, o que pode dificultar e confundir o autodiagnostico, por isso, é imprescindível buscar uma avaliação médica, sob qualquer alteração e incomodo na área da genitália.
Os sintomas que surgem na região íntima e podem configurar a Síndrome de Fournier são:
Muitas pacientes acabam confundindo esses sintomas como simples irritações, entretanto, quando o quadro não é abordado imediatamente, há possibilidade de surgir outras agravações.
Caracterizada por uma infecção necrotizante, esta síndrome promove a morte das células resultando na gangrena, ou seja, a circulação sanguínea acaba sendo interrompida na região.
Geralmente tem início na vulva ou virilha das mulheres, já nos homens, a qual é mais predominante, começa no escroto e no pênis.
Sua rápida progressão faz a infecção abranger desde as áreas genitálias às adjacentes, até outras regiões, se espalhando inclusive em outros órgãos, elevando o risco de falência múltipla.
Também é conhecida como gangrena escrotal, celulite necrosante sinérgica, gangrena sinérgica, gangrena idiopática e gangrena fulminante.
Esta necrose da região perianal é tratada com diferentes abordagens, de acordo com o grau de infecção. Geralmente são utilizados antibióticos via oral, entretanto, em alguns casos pode ser necessário remover os tecidos afetados através de cirurgia.
O autocuidado pode fazer toda a diferença na prevenção da infecção, quanto do agravamento do quadro, visto que alguns hábitos citados acima como gatilhos, podem ser evitados facilmente. Além disso, conhecer cada detalhe da região íntima, fazendo inclusive, autoexames, é fundamental para identificar qualquer anormalidade.
Ademais, realizar consultas regulares com ginecologista e urologista assegura ainda mais a qualidade da saúde genital.