Direitos do Trabalhador

Setor têxtil defende que auxílio emergencial seja mantido

Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), defendeu nesta semana que o governo deve fazer manutenção de algum auxílio financeiro, mesmo se for menor que os atuais R$ 600 pagos pelo auxílio emergencial. Pimentel afirma que isso será importante para continuar recuperando a economia após a pandemia.

Em entrevista para comentar o desempenho do setor têxtil durante a crise causada pela pandemia, Pimentel afirmou que o auxílio está fazendo toda diferença. O setor têxtil foi um dos que sentiu mais os efeitos negativos da pandemia na economia. Entre maio e junho, houve recuperação. Ainda assim, as vendam ficaram 45,8% abaixo do que foi registrado em fevereiro, antes da pandemia ser oficialmente iniciada.

Segundo o IBGE divulgou, o comércio aumentou as vendas em 8% em junho, após aumento de 13,9% em maio. Os números representam recuperação do que caiu durante o auge do isolamento social na pandemia. Entretanto, nem todos os setores recuperam igualmente. Os supermercados têm maior influência nessa recuperação.

De acordo com Pimentel, o auxílio emergencial foi uma das melhores medidas do governo para combater a crise e teve efeito positivo real na economia. Por isso, ainda que não haja como manter uma prorrogação no valor atual, o benefício deve continuar existindo, mesmo que em valor menor.

“Muita gente que não tinha renda passou a ter renda. Estamos trabalhando para que [o benefício] seja mais estendido, porque o desemprego vai crescer e a população está mais pobre. Seria bom estender até o fim do ano, mas as contas públicas estão em pandarecos”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil.