O ano de 2022 foi um ano de muitos desafios para o setor de tecnologia. A retomada das atividades presenciais após dois anos de pandemia, a guerra na Ucrânia e a desaceleração econômica fizeram com que o setor passasse por uma crise estrutural que deixou o mundo em alerta. A publicidade digital foi importante durante esse período para aproveitar oportunidades, como a maior dependência pelo e-commerce.
Por se tratar de um mercado dinâmico, é importante que as empresas compreendam o cenário do próximo ano para conseguir definir quais estratégias fazem sentido para o seu negócio e se preparar para adotá-las. Confira abaixo seis tendências de publicidade digital trazidas pela MGID, plataforma global de publicidade, que vão fazer a diferença em 2023 na hora de elaborar uma estratégia de marketing eficiente.
É esperado que empresas promovam uma mudança na abordagem geral baseada em desempenho: menos orçamentos forçarão os anunciantes a limitar seus gastos com publicidade e trabalhar com métricas e dados concretos. As empresas priorizarão soluções tecnológicas que permitam medidas rápidas de rastreamento e otimização para suas campanhas publicitárias, para poderem aumentar o investimento nos criativos e fontes de tráfego que possuem melhor desempenho.
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Atualmente as dificuldades econômicas se refletem em mudança contínua para os investimentos online, portanto, acredita-se que as pessoas continuarão migrando para plataformas digitais em grande escala. As plataformas que conseguirem otimizar o alcance com menos recursos, utilizando tecnologia e novos formatos de mídia vão definitivamente ajudar marcas a conquistar novos consumidores esse ano.
Com as leis e regulamentações de privacidade cada vez mais restritas com o uso dos dados de terceiros, a tendência é que essa questão continue em alta no próximo ano. Os “walled gardens”, que é uma prática utilizada para manter o usuário dentro de determinada plataforma a fim de coletar seus dados, vai prevalecer. Entretanto já se sabe que as marcas que alocarem todo o seu orçamento nos “walled gardens”, mesmo obtendo um bom retorno momentâneo, perderão a longo prazo à medida que as novas resoluções de segurança forem implementadas.
É fundamental que os anunciantes não confiem apenas em uma fonte de tráfego, invistam em publicidade contextual e que players menores assumam a propriedade dos dados dos seus consumidores, tendo em mente a legislação cada vez mais rígida com a privacidade do usuário.
A desvalorização dos cookies de terceiros e as alterações nos IDs de publicidade móvel (MAID) trazem muitas oportunidades neste ano. O único desafio para os editores será como aproveitar os “walled gardens” com o uso dos dados primários coletados. Certamente, as gigantes da mídia social terão menos dados daqui para frente, então os editores devem usar essa vantagem em seu benefício.
Seller Defined Audiences (SDA) é uma especificação técnica que permite aos editores monetizar seus públicos sem a necessidade de usar um ID exclusivo ou revelar a identidade de um usuário aos anunciantes. Com o desaparecimento dos dados de terceiros cada vez mais proeminentes, se familiarizar com o recurso se tornou fundamental para que anunciantes e editores repensem sua segmentação de público e estratégias de dados para produzir ofertas de qualidade.
A economia de atenção, que nada mais é do que abordar a atenção humana como algo a ser capitalizado e tratado como uma mercadoria em nossa sociedade, ganhará ainda mais força nos novos tempos. Com a ostensiva quantidade de estímulos diários, dispensar alguns minutos de atenção apenas para um conteúdo virou algo raro.
Ao invés de olhar para engajamento, as empresas estão começando a olhar para a eficácia de suas campanhas publicitárias usando como parâmetro a atenção. Cada vez mais os profissionais de marketing e agências estão buscando, através das métricas de atenção, obter resultados e vendas para os seus negócios que se reflitam em tempo de interesse do consumidor.
Com as crescentes tensões políticas em 2022, o combate a fake news e ao conteúdo ofensivo passou a ser condição fundamental para a maioria das plataformas de tecnologia realizarem seus negócios. Na publicidade digital isso não é diferente: quando um anúncio é vinculado a uma notícia duvidosa, a marca pode sofrer danos à reputação sendo associada a um conteúdo nocivo. Por isso, marcas que investirem em uma publicidade ética em 2023 e no combate à desinformação conquistarão novos consumidores.