Seguro-Desemprego

Seguro-desemprego: saiba como é feito o cálculo do benefício

O acesso ao seguro-desemprego, benefício amplamente reconhecido e garantido pela legislação trabalhista brasileira, está sujeito a normas específicas que determinam a elegibilidade para o mesmo. Entre essas regras, a quantidade de meses trabalhados é um critério decisivo, tanto para a concessão do auxílio quanto para a definição do período pelo qual o mesmo será disponibilizado.

Uma das dúvidas mais comuns entre os trabalhadores é: “Após quantos meses de trabalho é possível solicitar o seguro-desemprego?” A resposta a essa pergunta não é tão simples quanto pode parecer. O acesso ao seguro-desemprego no Brasil não é automático; ele está vinculado a uma série de critérios que buscam equilibrar a necessidade do trabalhador desempregado e a sustentabilidade do sistema de benefícios.

Quais os critérios para receber o seguro-desemprego pelo tempo máximo?

O primeiro critério para receber o seguro-desemprego, é que o trabalhador deve ter sido demitido sem justa causa. Em situações de demissão por justa causa ou de pedido de demissão, o benefício do seguro-desemprego não é aplicável, ou seja, os trabalhadores não têm direito ao recurso.

O segundo critério envolve o tempo de serviço prestado pelo trabalhador, já que isso influencia o número de parcelas a serem pagas. Para ter direito ao benefício, o trabalhador deve ter trabalhado por um período mínimo, geralmente de 12 meses, dependendo do número de vezes que já solicitou o seguro-desemprego anteriormente. Quanto maior o tempo de serviço, maior será o número de parcelas do benefício.

Seguro-desemprego: saiba como é feito o cálculo do benefício – Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Saiba qual o valor do benefício

No início de 2023 o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou modificações na tabela de valores relacionados ao seguro-desemprego, trazendo importantes alterações para os beneficiários. Com essa atualização, ficou estabelecido que o valor mínimo do benefício não poderá ser inferior ao salário mínimo vigente, de R$ 1.320.

Além disso, foi definido um teto máximo para o benefício no valor de R$ 2.230,97. A fim de determinar a quantia que será concedida a cada trabalhador, é necessário consultar a tabela atualizada para realizar o cálculo. Veja a seguir:

  • Para salários médios de até R$ 1.968,36, a quantia será obtida multiplicando-se o salário médio por 0,8.
  • No caso de salários médios entre R$ 1.968,37 e R$ 3.280,93, deve-se calcular o valor que excede R$ 1.968,36, multiplicá-lo por 0,5 e somá-lo a R$ 1.574,69.
  • Para salários médios superiores a R$ 3.280,93, o valor do seguro-desemprego será fixo em R$ 2.230,97, ou seja, o teto do benefício.

Essas mudanças na tabela e no cálculo do seguro-desemprego visam proporcionar um equilíbrio financeiro ao programa, considerando diferentes faixas salariais e as necessidades dos trabalhadores em diferentes situações. Portanto, é essencial que os beneficiários estejam cientes dessas atualizações ao solicitarem o benefício, garantindo que recebam o valor correto.

Para solicitar o seguro-desemprego, existem duas opções: via aplicativo Carteira de Trabalho Digital (disponível para Android e iOS) ou presencialmente, após agendar um atendimento ligando para o número 158. Os trabalhadores devem se certificar de ter todos os documentos necessários e seguir as instruções corretamente.

O seguro-desemprego desempenha um papel fundamental ao fornecer uma rede de segurança financeira para os trabalhadores que perderam seus empregos involuntariamente. Mais informações sobre o benefício podem ser obtidas nos canais oficiais do governo federal.