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Seguro-desemprego: número de pedidos é o menor desde 2006

O número de pedidos de seguro-desemprego no Brasil no ano de 2021 foi o menor desde 2006. Pelo menos é isso o que mostram os dados oficiais do próprio Ministério do Trabalho e da Previdência. A pasta, aliás, divulgou esses dados ainda nesta última semana em tom de comemoração pelo resultado em questão.

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho e da Previdência, o número de pedidos do seguro-desemprego em 2021 ficou na casa dos 6.087.675 requerimentos. É preciso deixar claro que essas foram as entradas que foram solicitadas e não o número de pessoas que conseguiram de fato receber esse benefício.

O número em questão mostra que houve uma queda de 10,3% em relação ao que se registrou em 2020. No primeiro ano da pandemia do coronavírus no Brasil, o país registrou cerca de 6,7 milhões de pedidos de seguro-desemprego. Na verdade, os números de 2021 foi o menor de 2006, quando se registrou 5,8 milhões de pedidos.

Os dados em questão foram divulgados após levantamento feito pela equipe de jornalismo do G1. Eles levaram em consideração as informações que passaram por divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do próprio MInistério do Trabalho e da Previdência. A divulgação do levantamento aconteceu nesta última semana.

Ainda de acordo com o pasta, essa queda no número de pedidos do seguro-desemprego acontece basicamente por causa de dois fatores. O primeiro é a questão do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). Já a segunda razão seria a questão da alta taxa de informalidade entre os trabalhadores brasileiros.

Programa BEm

De acordo com o Governo Federal, o programa BEm funcionava da seguinte forma: as empresas e os trabalhadores poderiam chegar a um acordo de redução da jornada de trabalho. Havia ainda a possibilidade de uma suspensão temporária do contrato de trabalho.

Aliás, quando uma das duas modalidades era acionada, basicamente o Governo Federal entrava com um dinheiro para ajudar a pagar o salário do trabalhador, ou pelo menos uma parte dele. Imagina-se que isso pode ter influenciado esses números.

O programa em questão funcionou portanto entre os meses de abril de 2020 e agosto de 2021, com uma certa pausa de três meses dentro deste período. O Governo, aliás, estima que cerca de 11,1 milhões de pessoas tiveram o emprego preservado neste período.

Informalidade

Além disso outro ponto de destaque na pesquisa é a situação do crescimento da informalidade. Esse é um fenômeno que está crescendo no país nos últimos anos. Cada vez mais brasileiros estão decidindo ganhar renda por conta própria.

E isso não está acontecendo por opção, mas por falta dela, pelo menos na maioria dos casos. É que quando não há emprego formal, os cidadãos acabam escolhendo uma outra forma de trabalho para conseguir uma verba.

Seguro-desemprego

Para quem ainda não sabe, o seguro-desemprego é um benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Podem solicitar esse dinheiro as pessoas que passam por uma demissão sem justa causa. É o que dizem as regras gerais.