Se você COME ESTES produtos saiba o quanto SÃO PERIGOSOS
Ultraprocessados contém grandes quantidades de açúcar e gorduras
Uma pesquisa investigou 10 mil produtos altamente processados comercializados em supermercados. Nesse estudo, foi identificado um excesso de sódio, gordura e açúcar, além da presença de outros componentes adicionados.
A investigação foi conduzida pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em colaboração com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens-USP). Abaixo, você poderá ver qual foi a conclusão do estudo sobre os produtos ultraprocessados.
Estudo constatou grande quantidade de produtos nocivos em ultraprocessados
O estudo revelou uma considerável quantidade de produtos prejudiciais nos alimentos altamente processados. A pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens-USP), analisou a presença de substâncias nocivas em produtos alimentares.
A pesquisa avaliou 10 mil produtos altamente processados disponíveis nos supermercados brasileiros e contou com a colaboração de outras instituições. Os resultados foram publicados no periódico Scientific Reports no fim do mês passado, com a conclusão principal apontando para uma quantidade excessiva de sódio, gordura, açúcar e outros aditivos.
Atualmente, devido ao acesso a mais informações, o excesso de sódio, gordura e açúcares livres é considerado prejudicial à saúde. Além disso, os aditivos que realçam cor, sabor e textura também foram identificados como problemáticos.
O estudo constatou que 98,8% dos produtos altamente processados disponíveis nos supermercados contêm esses componentes prejudiciais à saúde. Mas, o que são exatamente produtos altamente processados?
Na realidade, eles não são considerados alimentos, mas, sim, composições de substâncias obtidas por meio do fracionamento de alimentos. Alguns exemplos desses “alimentos” incluem refrigerantes, salgadinhos de pacote, pães embalados, margarina, bolachas, doces, chocolates, cereais matinais e misturas para preparar bebidas com sabor de frutas.
Os pesquisadores observaram que esses produtos embalados estão amplamente disponíveis nas principais redes de supermercados, conforme afirmou a nutricionista Daniela Canella, pesquisadora da Uerj. De acordo com o estudo, 97,1% dos alimentos classificados como altamente processados contêm ingredientes em excesso de sódio, gorduras e açúcares, o que é uma preocupação crítica.
É importante destacar que o consumo excessivo desses componentes contribui para o desenvolvimento de condições como:
- Obesidade;
- Diabetes;
- Hipertensão;
- Doenças cardiovasculares.
Além disso, muitos produtos altamente processados contêm aditivos cosméticos, usados para melhorar a cor e a textura dos alimentos. Esses aditivos já estão presentes em 82,1% dos produtos altamente processados.
Existem evidências de que os corantes podem causar alergias e transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. Enquanto isso, os emulsificantes podem afetar a microbiota intestinal e contribuir para o desenvolvimento de câncer, como destacado pela pesquisadora.
Cristina Leonhardt, engenheira de alimentos, ressalta que a fabricação de produtos altamente processados é resultado da abordagem da indústria alimentícia no Brasil. Esses produtos não são necessariamente criados com foco na nutrição, mas, sim, na engenharia de alimentos, como ela menciona com base em sua experiência de 15 anos na indústria do setor.
Indústria alimentícia no Brasil
A indústria busca oferecer alimentos atraentes ao consumidor, enfatizando aspectos sensoriais como sabor, cor, textura e cremosidade. Os especialistas apontam que a indústria de alimentos no Brasil evoluiu com dois objetivos principais:
- Garantir a segurança do processo alimentar, evitando doenças transmitidas por alimentos;
- Fornecer alimentos que sejam prazerosos ao consumidor, tornando-os viciantes.
Para alcançar esses objetivos, a indústria utiliza uma produção em massa que requer uma ampla gama de aditivos e ingredientes cosméticos.
OMS e a redução no consumo dos produtos ultraprocessados
A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que o consumo de alimentos ultraprocessados seja limitado. A recomendação é que os alimentos ultraprocessados representem no máximo 10% do total da energia consumida.
Para reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, é importante:
- Ler os rótulos dos alimentos com atenção e evitar produtos com muitos ingredientes, incluindo ingredientes que você não consegue pronunciar;
- Preparar mais refeições em casa, usando itens frescos;
- Consumir mais frutas, legumes e verduras;
- Diminuir o consumo de bebidas açucaradas.
A redução dos alimentos ultraprocessados é uma importante medida para melhorar a saúde alimentar e diminuir o risco de doenças crônicas.