Saúde mental e qualidade de vida de estudantes universitários

Saúde mental e qualidade de vida de estudantes universitários

A carga de estudos, a rotina corrida e todas as pressões sociais colocam à prova a saúde mental e qualidade de vida de estudantes universitários. Basta uma conversa franca com algum estudante que já podemos encontrar diversas questões relacionadas à vida tão desgastante.

Diante de cenário, o que pode ser feito para promover mais qualidade de vida e bem-estar para estas pessoas? Que medidas podem auxiliar no equilíbrio da saúde mental, especialmente em tempos de pandemia?

Abaixo discutimos alguns apontamentos importantes sobre o tema.

Saúde mental e qualidade de vida de estudantes universitários

A saúde mental é uma necessidade emergente e que merece atenção de todas as pessoas. Sem saúde mental o corpo também adoece, impactando diversos contextos do cotidiano de uma pessoa e, consequentemente, afetando a sua qualidade de vida.

Sendo assim, pensar em formas de garantir que os estudantes universitários consigam estabelecer uma rotina – na medida do possível – mais leve e sadia é primordial para promover um futuro mais equilibrado e, consequentemente, realizador.

Mas o que levar em consideração? Veja algumas sugestões:

1- A competitividade fora de uma realidade saudável

O campo acadêmico costuma afetar a saúde mental e a qualidade de vida de estudantes universitários por criar uma atmosfera de competitividade que foge de uma realidade saudável. Tudo começa a partir das notas, dos trabalhos e, no decorrer da graduação, a partir das vagas de trabalho.

Os jovens são impulsionados a encontrar o “emprego perfeito” o quanto antes, mesmo que em forma de estágio, e quando isso não acontece, são vistos como alguém que “não se esforçou” o suficiente.

Entretanto, essa rivalidade torna o dia a dia extremamente desgastante e repleto de pressões psicológicas muito duras. Por isso é imprescindível reconhecer que o amadurecimento de cada um é diferente e, justamente por conta disso, cada pessoa atingirá seus objetivos dentro de determinado tempo.

A comparação entre acadêmicos não deve acontecer, e inclusive os docentes devem estar cientes das singularidades de seus alunos, auxiliando-os a compreender que cada um tem o seu momento de crescer e que ninguém precisa ter pressa.

2- Os estudos como única razão de viver

Outro ponto que deve ser levado em consideração, tanto pelos estudantes quanto pelos seus familiares, é o fato de que os acadêmicos costumam ver os estudos como a “única razão de viver”. Com isso, abrem mão da sociabilidade e do convívio com familiares, além de deixarem de lado atividades saudáveis como exercícios, hobbies, descanso, etc.

Tudo isso, no médio e longo prazo, pode impactar severamente a saúde mental e qualidade de vida de estudantes universitários. Portanto, é preciso compreender que a academia é apenas mais um caminho na vida de uma pessoa, e não o único. Isto é, em paralelo a isso é preciso estabelecer uma rotina que respeite os limites e crie outras “razões” para se seguir em frente.

3- A perfeição inatingível

Em prol de sua “única razão de viver”, podemos também perceber que muitos acadêmicos buscam uma perfeição que jamais será atingida. A frustração diante de uma nota, uma recuperação e uma reprovação é capaz de fazer com que o sujeito sinta-se fracassado e incapaz de ir adiante. Com isso, cria um ciclo vicioso de se dedicar cada vez mais aos estudos, esperando uma maior perfeição na próxima oportunidade.

Entretanto, precisamos ter em mente que a perfeição não existe em nenhum contexto de nossas vidas e que, além disso, é nos erros que a nossa mente mais absorve informações valiosas para seguir em frente. Ou seja, aprender a usar os tropeços como combustível para seguir em frente é uma ótima forma de construir uma vida mais leve e equilibrada.

4- Atenção aos sintomas que podem surgir

A saúde mental e qualidade de vida de estudantes universitários podem ser observadas a partir dos sintomas que o corpo e os sentimentos/emoções nos demonstram. Se você percebe a presença de distúrbios alimentares e do sono; apatia; falta de prazer; cansaço excessivo e irritabilidade; pensamentos repetitivos e depressão, é preciso ficar atento.

Os sintomas podem parecer sutis no começo, mas na medida em que o estudante vive um ciclo vicioso de pressões e tentativas de atingir o “inatingível”, os sinais se tornam mais evidentes. Aqui, não importa a intensidade que você está vivendo, em todos os casos a busca por psicoterapia e suporte é essencial.

Um ombro amigo, o conselho dos familiares e a terapia podem auxiliar nas medidas de encontrar mais qualidade de vida. Lembre-se que você é único e, como tal, merece um suporte adequado às suas necessidades. Não se cobre tanto e permita-se ser ajudado! Sua saúde mental é importante!

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