Economia

Salário mínimo de R$ 1.177 para 2022 vai alterar valor de benefícios

O salário mínimo pode passar de R$ 1.100 para R$ 1.177 em 2022 se a inflação fechar em cerca de 7% este ano. De acordo com a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a inflação de 2021 estava prevista em 5,50%, no entanto, o percentual atual já está em 6,20%.

Logo, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) aprovada em julho, que previa o piso para o ano que vem em R$ 1.147, ampliando em apenas 4,3%, pode ser desconsiderada caso a inflação se estabeleça em 7%, considerando um salário de R$ 1.177 para o ano que vem.

Sendo assim, independente do reajuste, o valor do piso nacional afeta benefícios e programas governamentais, como o seguro-desemprego, abono salarial PIS/Pasep e os benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Isso porque, suas condições são baseadas no salário mínimo vigente, os benefícios do INSS, por exemplo, por lei, não podem ser disponibilizados com um valor inferior ao do piso.

Maior reajuste

Caso, de fato, a inflação deste ano seja fechada em cerca de 7%, o salário mínimo passará pelo maior reajuste após seis anos. Acontece, que em 2016, a correção do piso nacional ficou em 11,6% e nenhum percentual desde então superou essa marca. Confira:

  • 2021: R$ 1.100 (5,2%);
  • 2020: R$ 1.045 (4,7%);
  • 2019: R$ 998 (4,6%);
  • 2018: R$ 954 (1,8%);
  • 2017: R$ 937 (6,48%); e
  • 2016: R$ 880 (11,6%).

Poder de compra

Apesar da possibilidade de ser o maior reajuste desde 2016, a correção não acarretará ganhos reais. Com os aumentos dos produtos necessários no dia a dia do trabalhador, o governo garante apenas o seu poder de compra.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo ideal para o cidadão trabalhador em 2021 seria de R$ 5.421,84.

Inflação para 2022

Desde já, o mercado financeiro vem realizando projeções para a inflação de 2022, que segundo a pesquisa mais recente, ficará em 3,84%. A previsão média para a inflação do ano que vem é de 3,5%, podendo oscilar 2% a 5%.

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