A Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro confirmou em coletiva de imprensa que vai retomar a vacinação para os trabalhadores da educação. Essa confirmação aconteceu no início da tarde desta sexta-feira (21). Essa campanha vai atender esses profissionais também com base na idade.
De acordo com o Governo municipal, na segunda-feira (24), vai ser a vez dos trabalhadores que tenham 49 anos ou mais. Na terça (25), será a vez daqueles que possuem 48 anos ou mais. O calendário segue assim sempre abaixando um ano de idade de um dia para o outro.
A ideia é evitar grandes aglomerações de pessoas. Além disso, há um temor de que as doses não sejam suficientes para todas esses trabalhadores. Dessa forma, eles estão preferindo vacinar esses profissionais também respeitando a ordem das idades de cada um deles.
Além dos profissionais da educação, os moradores de rua também estão podendo se vacinar. No entanto, o foco mesmo neste momento são os professores. “Educação é prioridade. É imprescindível pensar na educação hoje com a vacinação. Por nós, estaríamos vacinando neste momento, mas houve várias decisões judiciais, que nos impediram”, disse Renan Ferreirinha, que é secretário municipal de Educação.
Ferreirinha está falando de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa ordem impediu que a Prefeitura seguisse esse processo de imunização dos trabalhadores da saúde. A alegação era de que se eles seguissem essa lógica, poderiam faltar algumas segundas doses para as pessoas que tomaram a primeira.
E essa é, de fato, uma preocupação que está tirando o sono de muitos secretários de saúde ao redor do país neste momento. Recentemente, o estado de Pernambuco entrou em uma espécie de confusão por causa disso. Confiando que não iria mais faltar frascos, a Prefeitura da cidade de Paulista foi aplicando a primeira vacina em todo mundo.
E na hora de tomar a segunda injeção, não tinha mais dose. Vale lembrar que as pessoas precisam respeitar os prazos entre uma aplicação da vacina e outra. Pelo menos é assim que acontece com imunizantes da Coronavac e da Astrazeneca.
De acordo com as informações da Prefeitura do Rio de Janeiro, os professores que forem tomar a vacina precisam chegar aos pontos da vacinação com alguma comprovação da atividade profissional. Pode ser, por exemplo, um contracheque. Se isso não for possível, o profissional pode levar uma declaração com a assinatura do diretor da instituição em que ele trabalha.
Veja abaixo o calendário em detalhes:
Não é só no Rio de Janeiro. Em todo o Brasil, há uma grande preocupação com a situação dos professores nesta pandemia do novo coronavírus. Isso porque boa parte desses profissionais teme retornar para a sala de aula agora. Afinal, os dados das secretarias de saúde mostram que a pandemia ainda não acabou.
Pensando nisso, várias cidades e estados estão tentando acelerar o processo da vacinação para essa classe trabalhista. É que isso poderia fazer com que todos tivessem um retorno escolar mais seguro. No entanto, o ritmo lento da imunização pode atrapalhar esses planos em vários lugares do país.