O Governo Federal analisa neste momento a possibilidade de realizar novas alterações em seus benefícios sociais. O plano é dar uma resposta para o aumento dos combustíveis que é percebido neste momento pelos cidadãos brasileiros. Todavia, entre as propostas de resolução, o retorno do Auxílio Emergencial não está.
De acordo com informações de bastidores, membros do Ministério da Economia e do Palácio do Planalto concordam que esse não é o melhor caminho para seguir neste momento. O Auxílio Emergencial chegou oficialmente ao fim ainda no último mês de outubro do ano passado.
Segundo informações do Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial conseguiu atender quase 70 milhões de pessoas. Esse é o número de brasileiros que chegaram a receber ao menos uma parcela do benefício entre os anos de 2020 e 2021. Essa situação, no entanto, não deve se repetir agora em 2022.
Membros do Ministério da Economia acreditam que não há necessidade de retorno do programa por uma série de motivos. A primeira avaliação é de que o Auxílio Emergencial atendia primordialmente as pessoas que não conseguiam emprego. Embora ainda siga alto, o número de desempregados no país caiu nos últimos meses.
Além disso, o Governo Federal acredita que é preciso ter cuidado com os gastos públicos. Em 2020, por exemplo, os pagamentos de R$ 600 do Auxílio Emergencial só foram possíveis porque o Congresso Nacional aprovou o período de calamidade pública. Essa aprovação não tem mais validade para o ano de 2022.
Se o Governo Federal não aposta mais no retorno do Auxílio Emergencial, o que sobraria então? Ainda de acordo com informações de bastidores, a ideia central agora é fazer pequenas alterações nos benefícios que já existem.
Há, por exemplo, uma proposta de aumento no valor do Auxílio Brasil. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o patamar mínimo de repasses é de R$ 400. Esse patamar poderia aumentar para R$ 450 ou mesmo R$ 500.
Por outro lado, uma outra ala do Governo Federal acredita que o melhor a se fazer é mesmo realizar mudanças no vale-gás nacional. A ideia é aumentar o número de usuários do programa. Hoje, pouco mais de 5,6 milhões recebem o benefício.
O Governo Federal começou a pagar o Auxílio Emergencial ainda no início de 2020. O objetivo inicial era atender as pessoas que não conseguiam trabalhar por causa dos fechamentos de atividades provocados pela pandemia.
Depois de um hiato de três meses sem pagamentos, o Governo retomou os repasses do programa ainda no último mês de abril do ano passado. Todavia, essa segunda fase do Auxílio Brasil atendeu menos gente. Foram 39 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Cidadania
Existia por parte da população a expectativa de que o Governo Federal pudesse aplicar esse retorno ainda este ano. No entanto, neste momento é pouco provável que isso aconteça de fato.