A reforma tributária proposta pelo governo tem como objetivo simplificar o sistema de impostos do Brasil. De acordo com estudo feito pelo professor de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Edson Paulo Domingues, após encomenda do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), foi concluído que a reforma tem potencial de aumentar os investimentos em até 25% nos próximos 15 anos.
A base para o estudo foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, feita pelo deputado Baleia Rossi, do MDB-SP. A proposta fala sobre substituir cinco tributos: PIS, Cofins, IPI federais, ICMS estadual e ISS municipal). Esses cinco tributos seriam substituídos por dois: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e o Imposto Seletivo (IS) sobre bebidas alcoólicas, fumo e combustíveis fósseis.
O Congresso analisa ainda a PEC 110, que tem como proposta unificar nove impostos, e o texto enviado pelo governo Bolsonaro, que unifica o PIS e o Cofins. De acordo com o estudo, a quantidade atual do sistema tributário brasileiro prejudica o investimento. Ao tirar os tributos em cadeia, a reforma conseguiria estimular o investimento.
Ainda de acordo com o estudo, o sistema tributário mais simplificado também impactaria o consumo das famílias, que poderia aumentar 12% em cenário conservador e até 24% em cenário otimista. Já o emprego tem potencial de aumento de até 12,6%.