O governo justifica a Reforma da Previdência dos Militares alegando que a carreira militar tem uma série de especificidades e, por esta razão, requer um tratamento diferenciado.
Dentre as peculiaridades listadas na apresentação do governo, destaca-se as seguintes:
Além disso, o governo alega que as Forças Armadas, a exemplo de outras categorias, são especiais.
Neste sentido, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, alega que existem aposentadorias especiais previstas na Proposta de Emenda à Constituição, como professores, policiais civis, federais e aposentadorias rurais, disse
Para tanto, o governo sustenta que é dever de Justiça tratar os desiguais de forma desigual.
Com efeito, alegam que o soldo (remuneração) de soldados e cabos foi aumentado porque, com o aumento da alíquota de contribuição de 7,5% para 10,5%, o salário final seria inferior ao salário mínimo.
Outrossim, segundo o governo, mais da metade (58%) dos militares ganha até 3,5 salários mínimos.
Não obstante, alega o governo que estão fazendo uma correção não só do lado da Previdência, mas também do lado de reduzir privilégios.
Neste sentido, afirmam que estavam a favor de servidores civis e contra os servidores militares.
Nas palavras de Paulo Guedes:
“Jovens que ingressavam no serviço público civil, através de um concurso público, já ingressavam, em alguns outros Poderes, com salários acima de R$ 20 mil, enquanto generais, em fim de carreira, estavam recebendo abaixo de R$ 20 mil. Então, o que nós fizemos foi uma reestruturação, feita pelos militares, sem aumento de soldo”.
No mesmo sentido, para o general de divisão Eduardo Castanheira Garrido Alves, assessor especial do ministro da Defesa, o reforço nos adicionais é necessário para manter os militares capacitados para defender um país de porte continental como o Brasil.
Para tanto, alega que para garantir a defesa do país é necessário de Forças Armadas aptas, capazes e motivadas para defender um país de 8,5 milhões de quilômetros quadrados e quase 17 mil quilômetros de fronteiras.
Além disso, o General Eduardo Castanheira Garrido Alves Alves afirmou que o Brasil ocupa apenas o sétimo lugar entre os países da América do Sul no gasto com defesa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Concluiu o General Eduardo Castanheira Garrido Alves:
“Apresentamos esses valores só para mostrar quanto as Forças Armadas deixam de receber.”