Economia

Refeição fora de casa aumenta 48,3% em dez anos

De acordo com pesquisa da Ticket, o preço de um almoço em restaurantes e lanchonetes aumentou cerca de 48,3% de 2012 para 2022. O valor da refeição fora de casa era em média de R$27,40 e passou para R$40,64.

Ademaos, o levantamento mostra que a região nordeste do país apresentou a maior alta de preços durante o período em que a análise foi realizada. A pesquisa foi divulgada nesta última quarta-feira (13/07). 

Desse modo, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação no período foi de 73,8% e demonstrou que a refeição completa estaria custando algo em torno de R$47,62 para o cidadão.

Todavia, o estudo realizado pela Ticket demonstrou, ao analisar o valor da refeição fora de casa nas diferentes regiões do país, que houve na região nordeste um aumento de 69,6%. A menor variação de preços se deu no norte, onde houve uma alta de 18,6%. O prato custava há dez anos cerca de R$30,45 e atualmente, seu valor é de R$36,14.

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Valores nacionais

Em síntese, a variação de preços da refeição realizada fora de casa nas demais regiões do país foram no sudeste de R$29,85 para R$42,83, um aumento de 43,4%; no sul, uma alta de 39,2% de R$26,55 para R$36,97, e na região centro-oeste, de R$26,85 para R$34,20, uma alta de 27,3%.

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Alta da inflação

Em relação a junho deste ano, o IPCA apresentou uma alta da inflação no mês de cerca de 0,67%. Em maio, a variação de preços foi de 0,47%. Aliás, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fez um anúncio na semana passada, afirmando que é a maior alta para o mês de junho, desde 2018.

A inflação relativa ao ano de 2022 até o momento, é de 5,49%, sendo a maior variação de preços durante seis meses desde o ano de 2015, quando houve uma alta de 6,17%. Em síntese, em relação aos últimos 12 meses, houve um crescimento no índice de preços de 11,89%.

São dez meses seguidos de alta de preços, acima dos dois dígitos, uma situação que não acontece desde 2002. A inflação atual está duas vezes maior que a meta do governo para o período. No entanto, a alta está um pouco abaixo do estipulado, pois instituições financeiras do país esperavam um aumento de 0,71% em junho e de 11,92% para os últimos 12 meses.

Um dos fatores que puxou a alta da inflação foi a alta no preço dos alimentos fora do domicílio, principalmente sobre os lanches e refeições. Houve uma diminuição no consumo fora de casa durante o auge da pandemia. Essa  situação vem se revertendo nos últimos tempos, o que gerou um aumento no índice dos preços.

Em junho a inflação média de produtos e serviços foi de alimentação e bebidas: 0,80%, Habitação: 0,41%, Artigos de residência: 0,55%, Vestuário: 1,67%, Transportes: 0,57%, Saúde e cuidados pessoais: 1,24%, Despesas pessoais: 0,49%, Educação: 0,09%, Comunicação: 0,16%.

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Queda no poder de compra

Nos últimos dois anos houve uma queda no poder de compra dos brasileiros, principalmente em relação à refeição e ao custo de alimentos e bebidas. De acordo com o Procon, nos últimos 12 meses, os produtos que tiveram uma maior alta foram o café em pó, com um aumento de 95,6%, a batata, com 70% e o pacote de biscoito água e sal, com 48,8%.

Em um período de dois anos, a aquisição de itens básicos teve um aumento de R$63,95. Este valor é relativo a compra de produtos como, arroz, feijão, café, ovo, carne, frango, leite, batata, pão francês, açúcar, óleo, farinha e margarina. Além disso, ele recai sobre produtos de higiene como papel higiênico e creme dental e de limpeza, sabão em pó e limpador multiuso. 

Em maio de 2020 podia-se comprar estes itens por cerca de R$138,82. Atualmente, o cidadão precisa desembolsar R$202,77, o que corresponde a uma alta de 46%, pressionando o bolso dos brasileiros e diminuindo seu poder de compra.